quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

oxossi


DIA: Quinta-feira


COR: Azul-Turquesa

SÍMBOLOS: Ofá (arco), Damatá (flecha), Erukeré

ELEMNTO: Terra (florestas e campos cultiváveis)

DOMÍNIOS: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura


SAUDAÇÃO: Òké Aro!!! Arolé!


Oxóssi (Òsóòsi) é o deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e da riqueza. Actualmente, o culto a Oxóssi está praticamente esquecido em África, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso deve-se ao facto de a cidade de Kêtu, da qual era rei, ter sido destruída quase por completo em meados do século XVIII, e os seus habitantes, muitos consagrados a Oxossi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e nas Antilhas. Esse facto possibilitou o renascimento de Kêtu, não como estado, mas como importante nação religiosa do Candomblé.

Oxóssi é o rei de Kêtu, segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxóssi são conferidos os títulos de Alakétu, Rei, Senhor de Kêtu, e Oníìlé, o dono da Terra, pois em África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes. É chamado de Olúaiyé ou Oni Aráaiyé, senhor da humanidade, que garante a fartura para os seus descendentes.

Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido.

A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza.

Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição.

Em África, os caçadores que geralmente são os únicos na aldeia que possuem as armas, têm a função de salvar a tribo, são chamados de Oxô, que significa guardião. Oxóssi também foi um Òsó, mas foi um guardião especial, pois salvou seu povo do terrível pássaro das Iyá-Mi.

Outras histórias relacionadas com Oxóssi apontam-no como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidas, são ainda mais imbatíveis.

Oxóssi mantém estreita ligação com Ossaim (Òsanyìn), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossaim.

A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore.

A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou orixá.

Tal como Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.


Características dos filhos de Oxóssi

Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si.

São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, seleccionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.

São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acabam por fazer prevalecer a sua opinião e agradando a todos.

Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade para se mover, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer.

Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

OXOSSI (Ou Odé, ou Mutalambô) – SÃO SEBASTIÃO

No sudeste do Brasil, Oxossi é sincretizado a São Sebastião. Quanto ao sincretismo, a história informa que São Sebastião nasceu em Milão e foi oficial da guarda pretoriana em Roma. Foi cristão convicto e ativo e por esse motivo padeceu sob o domínio do imperador Diocleciano. Denunciado como cristão, São Sebastião foi levado perante o imperador e confessou publicamente a sua fé em Jesus Cristo. Acusado de traição foi condenado a morte. Amarrado a um tronco teve seu corpo varado por flechas. No dia seguinte constataram que não havia morrido. Levado novamente frente a Diocleciano, reafirmou novamente a sua fé, o imperador mandou então açoitá-lo até a morte. Esse fato ocorreu por volta do ano 284.
Na Umbanda, Oxossi é conhecido como o senhor das matas e da grande maioria dos caboclos. Sua cor é o verde, representando as matas das quais é o senhor absoluto. No Candomblé é conhecido como o “caçador” ou o protetor dos caçadores. Na Umbanda também é conhecido como o caçador, mas não de animais e sim, de almas e de homens, sendo a catequese seu maior objetivo. No aspecto espiritual, se Ogum é conhecido por sua enorme força, ele, porém, é muito agressivo. Oxossi já é conhecido por aliar a força com o bom senso, essas características emanam de Oxossi que se manifesta nos trabalhos de Umbanda, principalmente na manifestação dos caboclos e suas falanges. De Oxossi emana a altivez que encoraja a todos os seguidores da Umbanda, transmitindo grande segurança aos seguidores de nossos cultos.
As matas são para o umbandista os domínios de Oxossi. A função vibratória das matas é afirmar ou dar resistência a trabalhos ou consolidar trabalhos e obrigações.
Os enviados de Oxossi ao nosso plano físico, são normalmente os caboclos, os índios de diversas nações de nossas matas e guerreiros africanos. Esses enviados são os grandes conhecedores dos grandes segredos (raramente revelados) que fazem curas, afastam influências negativas e protegem os seguidores da Umbanda.
A altivez do caboclo, a sua autoridade, a seriedade, a força, a coragem, a perseverança, o sentido de lutar para vencer, provém diretamente de Oxossi, pois essas são algumas de suas características.
Oxossi como Ogum, é um grande guerreiro, é um grande lutador, destemido, corajoso e sempre pronto para defender os seguidores da Umbanda ou aqueles que sob a sua guarda se colocam.
Nos trabalhos dirigidos unicamente por caboclos, nota-se a força e a altivez que emana de Oxossi. Quem o evoca e sob a sua proteção se coloca, jamais cai, fazendo valer o ditado umbandista:


“Filho de Umbanda (correto) não cai”

Nas obrigações a Oxossi, que devem forçosamente serem realizadas nas matas, podem ser utilizadas flores brancas, como cravos e lírios, velas verdes ou brancas, vinho tinto, água pura e frutas de toda espécie, porém repetimos: Orixás não comem e não bebem, mas se o seu coração pedir, faça, mas não deixe lá a garrafa, proteja a natureza, se acender velas proteja o local para não colocar fogo nas matas.

•Cor ........................ Verde
•Domínios ................ As matas
•Atuação ................. A catequese
•Saudação ............... Oxossi é meu pai ou Okê arô Oxossi
•Elemento ............... Terra

Oxossi na Umbanda

Oxóssi, na Umbanda é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião. No Candomblé brasileiro é um antepassado africano divinizado, filho de Yemanjá, protetor das matas, sincretizado com São Sebastião no Rio de Janeiro e São Jorge na Bahia. Diz o mito que Oxóssi era irmão de Omulu-Obaluayê e rei da cidade de Oyó, cidade da África sudanesa, de onde provém os povos nagô ( keto, ijexá e oyó) e mina-jeje.
Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
O Orixá Oxóssi é tão conhecido que quase dispensa um comentário. Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento superior que explica o campo de atuação das hierarquias deste Orixá regente do pólo positivo da linha do Conhecimento.
O fato é que o Trono do Conhecimento é uma divindade assentada na Coroa Divina, é uma individualização do Trono das Sete Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois pólos magnéticos da linha do Conhecimento. O Orixá Oxóssi rege o pólo positivo e a Orixá Obá rege o pólo negativo. Oxóssi forma com Obá a terceira linha de Umbanda Sagrada, que rege sobre o Conhecimento.

1.Oxóssi irradia o conhecimento e Obá o concentra.
2.Oxóssi estimula e Obá anula.
3.Oxóssi vibra conhecimento e Obá absorve as irradiações desordenadas dos seres regidos pelos mistérios do Conhecimento.
4.Oxóssi é vegetal e Obá é telúrica.
5.Oxóssi é de magnetismo irradiante e Obá é de magnetismo absorvente.
6.Oxóssi está nos vegetais e Obá está em sua raiz, como a terra fértil onde eles crescem e se multiplicam.
7.Oxóssi é o raciocínio arguto e Obá é o racional concentrador.
8.Oxóssi é a busca, é a procura, é a curiosidade, é o movimento contínuo na evolução dos seres na apresentação de novos conhecimentos, de novos horizontes, etc.

Simbolicamente representamos Oxóssi com sete setas, que são as sete buscas contínuas do ser.Oxóssi expande, irradia e impele os seres.


Oferenda ao Pai Oxóssi

Velas brancas, verdes e rosa; cerveja, vinho doce e licor de caju; flores do campo e frutas variadas, tudo depositado em bosques e matas.

UM POUCO MAIS SOBRE CABOCLOS

Caboclos são entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa áura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.A magia praticada pêlos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que praticam esta magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas que sabemos nunca são atendidas.Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé.Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins, mais a frente falaremos um pouco mais sobre os pontos riscados de Umbanda.Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, (giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cêra, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto encima de uma mandala ou ponto riscado, para que esse direcione o trabalho.Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda.Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o fará para o bem de todos.
A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativaOs caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados e até mesmo na irradiação do povo do Oriente.

CABOCLOS DE OBALUAÊ

São raros, pois são espíritos dos antigos “bruxos” das tribos indígenas. São perigosos, por isso só filhos de Omulú de primeira coroa possuem esses caboclos.

Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.


CABOCLOS DE OXÓSSI

São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito.

Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.


CABOCLOS DE OXALÁ

Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização.

São “compactados” para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito.


CABOCLOS DE IANSÃ

São rápidos e deslocam muito o médium.

São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa.

Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Inhasã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.


CABOCLOS DE NANÃ

Assim como os Preto-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o carma e como ter resignação.


Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.



CABOCLOS DE XANGÔ

São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão.

Trabalham para : emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.



CABOCLOS DE YEMANJÁ

Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto.

Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.



CABOCLOS DE OGUM

Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.



CABOCLOS DE OXUM

Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece primeiro ou quase simultâneo no coração (interno).

Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desanimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional.



Caboclos da mata virgem

Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum contato com outros povos.

Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.

Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.

A primeira é a “especialidade” de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.

A segunda é diferença criada pela “força da natureza” que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.

Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a “personalidade” de um caboclo se dá pela junção de sua “origem”, “especialidade” e “força da natureza” que o rege.

E é nessa “personalidade” que centramos nossos estudos. Assim como os Preto-velhos, eles podem dar passe, consulta e correntes de energização ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação.

Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até manipulação física, como por rezar “espinhela caída”.

Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.

Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.

Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente do Orixá que trabalhe.

São espíritos que também trabalham muito com passe. Acreditamos ser pela facilidade de locomoção, já que normalmente trabalham em pé.

São também bastante necessários na hora de um descarrego, pois conseguem acoplar no médium em qualquer posição.

Caboclos da mata

Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.



LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORIMÁ

Essas entidades são verdadeiros magos, senhores da experiência e do conhecimento em toda espécie de magia. São os Orixás-Velhos da Lei de Umbanda - São donos dos mistérios da “Pemba” nos sinais riscados, da natureza e da Alma Humana.

Têm a forma de pretos-velhos e se apresentando humildemente, falando um pouco embrulhado, mas, sendo necessário, usam a linguagem correta do aparelho(médium) ou do consulente.

Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação, através de sua fumaça.

Falam compassados e pensando bem no que dizem. Raríssimamente assumem chefia de cabeça, mas invariavelmente são os auxiliares dos outros Guias, ou seja, o “braço-direito”.

Seus fluídos são fortes , porque fazem questão de “pegar bem” o aparelho(médium). Começam suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo com certa violência a cabeça.

Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, com a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado. Seus fluídos de presença vem como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e emitem um resmungado da garganta aos lábios, quando se consideram firmes na incorporação.

Os pontos cantados são os mais tristes entre todos e revela um ritmo compassado, dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de humildade.

Os pontos riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, as vezes reto, outros em ângulo. Temos encontrados neles, semelhantes a certas letras dos alfabetos primitivos ou templários e dão logo os três sinais riscados expressivos da Flecha, Chave e Raiz.

Outrossim: nas “formas” de pretos e pretas-velhas, existem os que se apresentam, por afinidade, como um angola, um cambinda, um congo,etc, e costumam até conservar em sua “forma astral”, certa reprodução de características que identificavam chefia, função,etc, entre os povos da raça negra, muito comum entre os que são qualificados como Protetores.

Estas afinidades também são semelhantes nos espíritos que têm a forma de caboclos, comum aos que possuem ainda o evolutivo de protetores.

Quanto a “forma” ser nova ou velha, não altera a essência da coisa, pois no fundo, é o mesmo.

Essas são, em síntese, a “milonga” das Três Formas em suas apresentações na UMBANDA. Somente os SETE ORIXÁS principais de cada linha são não incorporantes… porém, já o dissemos algumas vezes, excepcionalmente, conferem suas vibrações diretas sobre UM ou no máximo SETE aparelhos(médiuns), quando, dos espaços siderais, eles observam a Lei sendo chafurdada e confundida na idolatria, como o está sendo nos tempos presentes…

Certa maioria continua “reverenciando” estátuas a granel, de bruxos e bruxas e de supostas representações de EXU com serpentes, ferrão, cornos, capas pretas ou vermelhas do suposto DIABO da MITOLOGIA…

Tudo isso, em crescendo assustador e deprimente, pois que, já são existentes em dezenas e dezenas de “terreiros”, sendo cultuados com “comes e bebes…”

E é então que essas vibrações diretas se fazem ouvir através das vozes dos pequeninos que se tornam grandes, quando se trata de recompor as VERDADES PERDIDAS que refletem a própria LEI do VERBO.

Obs: Este Capítulo, pertence a Portentosa obra UMBANDA de TODOS NÓS, terceira Edição de 1969, escrita pelo Grande Mestre e profundo conhecedor dos MISTÉRIOS de UMBANDA, W.W. da MATTA e SILVA.

Vejam, caros irmãos, a quantos anos foi escrita esta obra que continua atualizadissíma. Nós não poderíamos nos furtar de colocar este capítulo, para discernimento e estudo de nossos irmãos, que tanto anseiam por conhecimento e luz, esperando ter contribuído um pouco , levando estes conhecimentos a todos os irmãos.

Se algum irmão, desejar estudar, aconselhamos se for possível as obras de W.W. da Matta e Silva, que se encontram para vender, assim como de seu discípulo F. Rivas Netto, assim como outros.

Agradecemos a leitura destas páginas e esperamos que muitos possam tirar proveito, pedindo a OXALÁ, que ilumine todos os nossos passos, derramando sobre nós a sua Luz Divina.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE OXOSSI

Têm a forma de Caboclos; os Orixás, Guias e Protetores são suaves em suas apresentações ou incorporações. Jogam seus fluídos pelas pernas, com tremores e ligeiras flexões das mesmas(nesta altura daremos um alerta aos irmãos de todos os graus que forem aparelhos em função de chefia:é de proporção assustadora que se observa na maioria dos aparelhos que diz incorporar caboclos, principalmente de Oxossi , um vício ou uma propensão oriunda do subconsciente, fortemente influenciado por “conhecimentos externos”, em simularem um aleijão da perna, geralmente a esquerda, como se todos os espíritos, na forma de caboclos, fossem ou tivessem sido defeituosos da dita perna. Um Orixá de luz, um Guia evoluído, não conserva em sua forma astral, essa mazela, que deixou através do resgate purificador dos erros que geraram aquela encarnação, que ficou apenas como experiência de uma fase escura de seu passado…talvez que, um ou outro, no grau de Protetores, por necessidade de seu próprio KARMA, conserve essa conseqüência, mas daí generalizar o hábito, não passa de infantilidade, ou então, acham que devem conservar uma perna flexionada, conforme a tem a imagem de S. Sebastião, supondo que todos os caboclos são seus enviados e obrigados a manter a mesma postura…)

Assim, como vínhamos dizendo, essas entidades fluem suavemente pela cabeça até a posse total ou parcial.

Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos.

Suas preces cantadas traduzem beleza nas imagens e na música: são invocações, geralmente tristes, as forças da Espiritualidade e da Natureza.

Os pontos riscados são de sinais elegantes, pela Flecha, Chave e Raiz.

OS CABOCLOS DE UMBANDA NA LINHA DE OXÓSSI

A marca mais característica da Umbanda, uma religião surgida no Brasil no final do século XIX e início do século XX, é a manifestação de entidades espirituais, por meio da mediunidade de incorporação. Os primeiros espíritos a "baixar" nos terreiros de Umbanda foram aqueles conhecidos como Caboclos e Pretos-velhos, a seguir surgiram outras formas de apresentação como as Crianças, conhecidas, variadamente, como Erês, Cosme e Damião, Dois-dois, Candengos, Ibejis ou Yori. Essas três formas, Crianças, Caboclos e Pretos-velhos, podem ser consideradas as principais porque resumem vários símbolos: representam, por exemplo, as raças formadoras do povo brasileiro - indígenas, negros e brancos europeus - e também representam as três fases da vida - a criança, o adulto e o velho - mostrando a dialética da existência. Além disso, trazem valores arquetipais de Pureza e Alegria na Criança; Simplicidade e Fortaleza no Caboclo e a Sabedoria e Humildade dos Pretos-velhos, mostrando o caminho para a evolução espiritual dos sentimentos, do corpo físico e da mente. Com a expansão da Umbanda, muitas entidades apareceram, como os Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e outras, sem falar de Exu, outro grande ícone umbandista.

Essa diversidade confirma a abrangência desse movimento espiritual que chama a todos e recebe seres encarnados e desencarnados, com vibrações de fraternidade e amizade sob a luz de Oxalá. Caboclos são espíritos de humanos que já viveram encarnados no plano físico e são, portanto, nossos ancestrais, e se relacionam com os espíritos da natureza, recebendo nomes de animais, plantas ou outros elementos naturais, e aproximando esse fato ao Orixá Oxossi, que em África é cultuado como Odé, o caçador, o Senhor das Florestas, conhecedor dos segredos das matas e dos animais que lá vivem, diz-se que os Caboclos que baixam na Umbanda são espíritos ligados a Oxossi. Muitos entendem que somente esses são caboclos e que as entidades da vibração de Ogum, Xangô, Yemanjá e Oxalá não seriam, propriamente, caboclos. No entanto, há caboclos da praia, do mar e das ondas, das pedreiras, das cachoeiras, dos rios etc., cujos elementos se associam mais aos outros Orixás que a Oxossi. Aqui estamos entendendo os Caboclos de maneira mais ampla, como símbolo de fortaleza, do vigor da fase adulta, existindo caboclos de Oxossi, Xangô, Ogum etc.

Caboclos de Oxossi: Caboclo Sete Flechas, Caboclo Folha Seca, Caboclo Pena Vermelha, Cacique das Matas, Caboclo Cobra-coral, Cabocla Jurema, Cabocla Jacyra, Caboclo Ventania, Caboclo Caçador,Arruda, Aimoré, Arapuí, Boiadeiro, Caçador, Flecheiro, Folha Verde, Guarani, Japiassú, Javarí, Paraguassu, Mata Virgem, Pena Azul, Pena Branca, Pena Verde, Pena Dourada, Rei da Mata, Rompe Folha, Serra Azul, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Ubá, Sete Encruzilhadas, Junco Verde, Tapuia, etc.
 Para citar alguns da linha de Oxalá, que dificilmente baixam, temos Caboclo Ubiratan, Caboclo Girassol, Caboclo Ipojucan, Caboclo Guaracy e Caboclo Tupi. Esses caboclos, normalmente, vêm fazendo cruzamento vibratório com outros orixás, especialmente com Oxossi.

Para quem vivência o terreiro, que há anos luta as batalhas espirituais e já viu os caboclos vencendo as demandas dos filhos-de-fé, afastando entidades negativas, tratando doenças que a medicina muitas vezes não resolve e dando lições de simplicidade, humildade, coragem e persistência, ouvir ou mesmo lembrar esses pontos cantados, traz uma sensação de alegria que enche o coração, renova o ânimo e nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. Melhor do que qualquer leitura sobre caboclo é vê-lo incorporado atendendo quem precisa.

Oi Saravá Meu Pai Oxóssi auê auâ!
Oi Macutara de Maleme!
Oi que bamba o crime é de Maracambi!
Okê Caboclos!