domingo, 4 de dezembro de 2011

IANSÃ

Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das 
mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e
também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oiá.
É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da 
Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona, na liturgia mais 
tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm 
participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados
no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura
católica de Santa Bárbara. Iansã costuma ser saudada após os trovões, 
não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter 
acesso), mas principalmente porque Iansã é uma das mais apaixonadas 
amantes de Xangô, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse
do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, 
conseqüentemente, da tempestade. 

Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando 
incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua 
espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu 
amor e sua alegria contagiantes da mesma forma desmedida com que 
exterioriza sua cólera. 

Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos 
iorubás, é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio 
Níger, ou Oiá, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido 
com um domínio sobre a água. 

A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens 
femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos
terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente 
tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como 
nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe 
do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos. 

É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade
de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já
que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é 
medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus 
arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer 
tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, 
pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão. 

Foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de 
Xangô. é irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito 
forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os
Orixás), em algumas casas  é também dona do teto da casa, do Ilê. 
Iansã
é a Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um
rabo de cavalo chamado Eruexim - seu instrumento litúrgico durante as 
festas, uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso,
madeira ou metal. 

É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaiê, para aquele espírito 
que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser 
percorrido por aquela alma. Comanda também a falange dos Boiadeiros.

Duas lendas se formaram, a primeira é que Iansã não cortou 
completamente relação com o ex-esposo e tornou-se sua amante; a segunda 
lenda garante que Iansã e Ogum, tornaram-se inimigos irreconciliáveis 
depois da separação. 

Iansã é a primeira divindade feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.

Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. 
Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria o
desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o 
desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. 






Mitologia

Embora tenha sido esposa de Xangô, Iansã percorreu vários reinos e conviveu com vários reis. Foi paixão de Ogum, de Oxaguiam, de Exu, Conviveu e seduziu Oxossi, Logun-Edé e tentou, em vão, relacionar-se com Obaluaê. Sobre este assunto, a história  conta que Iansã  percorreu vários reinos usando sua inteligência, astúcia e sedução para aprender de tudo e conhecer igualmente a tudo.

Em Ire, terra de Ogum, foi  a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele o manuseio da espada e ganho deste o direito de usá-la. No auge da paixão Ogum , Iansã partiu, indo para Oxogbô, terra de Oxaguian. Conviveu e aprendeu o uso do escudo para se proteger de ataques inimigos, recebendo de Oxaguian o direito de usá-lo. Quando Oxaguian estava tomado pe paixão por Oyá, ela partiu.

Pelas estradas deparou-se com Exu. Com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Oxossi, seduziu o deus da caça, mesmo com os avisos de sua mulher, Oxum, que avisara ao marido do perigo dos encantos de Iansã. Todavia, com Oxossi, Oyá aprendeu a caçar, a tirar a pele do búfalo  e se transformar naquele animal, com a ajuda da magia aprendida com Exu. Seduziu o jovem Logun-edé , filho de Oxossi e Oxum e com ele aprendeu a pescar.

Iansã  partiu, então, para o reino de Obaluaê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto (conhecido apenas por Nanã – sua mãe – e Iemanjá, mãe de criação). Uma vez chegando ao reino de Obaluaê, Iansã  tratou de insinuar-se:

- Como vai o Senhor das Chagas?

No que Obaluaê respondeu:

- O que Oyá quer em meu reino?

- Ser sua amiga, conhecer e aprender, somente isso. E para provar minha amizade, dançarei para você a dança dos ventos!

(Dança que, por sinal, Iansã usou para seduzir reis como Oxossi, Oxaguian e Ogum).
Durante horas Iansã dançou, sem emocionar ou, sequer, atrair a atenção de Obaluaê. Incapaz de seduzir Obaluaê, que jamais se relacionou com ninguém, Iansã  então procurou apenas aprender, fosse o que fosse. Assim, dirigiu-se ao homem da palha;
- Obaluaê, com Ogum aprendi a usar a espada; com Oxaguian, o escudo; com Oxossi aprendi a caçar; com logun-edé a pescar; com Exu aprendi os mistérios do fogo. Falta-me apenas aprender algo contigo.

- Você quer aprender mesmo, Oyá? Então, ensinar-lhe como tratar dos mortos!
De inicio Iansã  relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e, com Obaluaê, aprendeu a conviver com os eguns e controlá-los.

Partiu, então Oyá, para o reino de Xangô. Lá, acreditava, teria o mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais que isso... aprendeu a amar verdadeiramente e com um paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.

O fogo é o elemento básico de Iansã. O fogo das paixões, o fogo a alegria, o fogo que queima. Iansã é o Orixá do fogo...

E aquele que dão uma conotação de vulgaridade a essa belíssima e importantíssima divindade africana, é digna de pena e mais digna, ainda, do perdão de Iansã.

Dados
Dia: quarta feira

Data: 4 de Dezembro

Metal: Cobre

Cor: Marrom,vermelho e rosa

Partes do corpo: fígado e o sangue.

Comida: acarajé, abará.

Arquétipo: É de pessoas audaciosas, poderosas e autoritárias, pessoas que podem ser fieis, de uma lealdade absoluta em certas circunstancias, mas que em moutros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar pelas manifestações da mais extrema cólera. Pessoas, enfim, cujos temperamentos sensual e voluptuosos podem levá-las a aventuras amorosas extra conjugais, múltiplas e freqüente, sem reservas de decência, mas que não as impedem de continuarem muito ciumentas com seus parceiros por elas mesma enganados.

Símbolos: espada de cobre e o eru  (rabo de boi ou de búfalo)







O filho de Iansã chama a atenção por ser do tipo inquieto e extrovertido. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Prefere sempre impor sua vontade. Mostra-se quase sempre alegre e decidido, mas quando . questionado de forma inadequada pode tornar-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. 

Odeia todo tipo de preconceito e passa por cima de qualquer um para defender a bandeira que estiver sendo ofendida. Muito verdadeiro e transparente não consegue disfarçar seus sentimentos, sejam eles de alegria ou tristeza. Enfrenta qualquer situação de maneira despojada e decidida. É leal e objetivo. A garra talvez seja sua maior qualidade, mas seu grande defeito é a franqueza dita sem qualquer cuidado, o que quase sempre o torna inconveniente no convívio social.

É muito competitivo, agressivo e sujeito a enormes ataques de cólera. Não teme tomar atitudes que possam mudar sua vida radicalmente por um sonho, aventura ou ideal. 

As vezes torna-se maquiavélico e trama grandes vinganças, no entanto não consegue agir por muito tempo nos bastidores, logo sua tendência à guerra o faz mostrar-se por inteiro ao inimigo, já que prefere a luta cara a cara.

A vida sentimental de um filho de Oiá é marcada por súbitas e enormes paixões que assim como começam de forma intempestiva, terminam de forma abrupta sem deixar resquícios de mágoa ou tristeza. 

Gosta do sexo, mas não faz dele sua razão de vida. Procura o relacionamento duradouro, mas não se intimida se tiver que abandonar tudo que construiu ao lado de alguém que ousou trair sua confiança e partir para novas descobertas. 

É incapaz de perdoar uma traição e o ciúme é a pedra fundamental de seus relacionamentos. Pode ser facilmente reconhecido pelo temperamento forte e arrasador como os ventos de sua mãe.    



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Normas de Terreiros


 

Normas de Terreiros

A Umbanda


Conforme o tempo vai passando, algumas coisas tendem a se perder por nossa memória; porém, existem determinadas significações que jamais devem ser esquecidas, já que consistem em ações básicas de nosso quotidiano, e o ao se perderem poderiam até mesmo fazer com que você não compreendesse o verdadeiro sentido de alguns fatos que fazem parte do nosso dia a dia.
O esquecimento ao qual nos referimos acontece por causa do que costumamos chamar de “rotina”, pois quando passamos a fazer algo com muita constância, este passa a crescer dentro de nós, evoluindo os seus ensinamentos, e nos levando ao conseqüente encobrimento daqueles que foram os ensinamentos básicos, as raízes que nos sustentaram até então.
Por isso agora, relembremos algo que vem lá do inicio da Umbanda que conhecemos, os significados dos principais rituais que nela se realizam contidas numa única Gira, e que por acontecerem tão freqüentemente, são facilmente desapercebidas.

TEMPLO

Local, local onde Zelador de Santo (Pai espiritual), filhos, irmãos e simpatizantes, entra em comunhão com Deus Criador, com os Orixás e com os mentores espirituais. É Nesse solo sagrado que recebemos; doamos e principalmente aprendemos a Amar, Perdoar, resgatar, ajudar ao próximo, sem distinção de cor, condições sócias.
Que todos respeitem esse solo, zelando pela limpeza, não só no aspecto material, mas também no aspecto moral, pois só assim conseguiremos estar mais próximo de Oxalá.

 

Zelador de Santo (Pai Espiritual / Babalaô)
Babalaô ou Pai Espiritual é o responsável pelos filhos, o templo, cuidar dos Orixás, fazendo as firmezas do terreiro e cuidar da coroa de cada um que foi entregue a ele por confiança.
É ele que cuida da coordenação de todo o trabalho para que os mesmos não tenham problemas observando tudo ao seu redor, e que muitas vezes falto o tempo para dar atenção a todos os filhos, ficando a cargo dos Pais Pequenos o desenvolvimento Mediúnico ajuda e auxilio aos Médiuns quanto da incorporação e desincorporação, não esqueçamos que o Babalaô é Pai, amigo, conselheiro, aquele a quem confiamos a espiritualidade, que dispõe do seu tempo, às vezes da família para que cada filho cresça, não esqueçamos irmãos que na figura do Babalaô e Pais pequenos existe seres humanos que também tem seus problemas e suas vidas, estão irmãos vamos respeitar essas pessoas que se doam para o nosso bem estar é o mínimo que devemos fazer.

A Preparação para a Gira


Quando sabemos que em determinado dia ocorrerá uma Gira, nós os filhos-de-santo devemos tomar algumas providências que com toda a certeza nos ajudarão a se preparar para ela.
  1. Em primeiro lugar, a abstinência alcoólica é obrigatória. Nunca devemos ir a uma Gira dedicada a Deus e aos Orixás com sequer uma dose de qualquer bebida que seja, isso porque tal ato poderá acarretar problemas sérios ao médium, que terá alguns dos seus sentidos alterados e não poderá entregar-se por completo ao Pai, além de ser um desrespeito à ele próprio.
  1. A carne vermelha deve ser evitada, pois lhe são contidas certas energias que podem interferir no organismo do médium, seja ele de incorporação ou não, dificultando assim o fluxo de energia positiva da corrente e o reabastecimento de suas “baterias divinas”.
  1. Quanto à abstinência sexual, ela deve ser efetuada, não pelo sexo ser impuro como todos pensam, mas sim porque o ato ocorrido consome grande parte da energia corporal, debilitando o corpo do Médium que não poderá ser utilizado na sua plenitude devido ao cansaço existente.
  1. Por ultimo lugar citamos o banho de defesa ou descarrego como se costuma chamar, e que pode ser feito com cinco, sete ou nove Ervas Sagradas, ou o próprio sal grosso.
Este banho tem o poder de limpar e defender o corpo de qualquer negatividade que possa nele existir, dando-lhe melhores condições para desempenhar o seu papel nas Giras. Porém vale o lembrete de que o banho de defesa só é tomado após o banho comum, sendo lavada somente à parte de abaixo do pescoço (pois a cabeça pertence ao Santo de cada um), e deverá ser levemente enxuto deixando com que o restante se seque no próprio corpo.
Para complementar essa preparação, deve também acender uma luz ao nosso anjo-de-guarda, pedindo a sua proteção para que tenhamos condições de nos entregar totalmente à Caridade.
  1. A chegada ao Templo

Os dias que intermediam as Giras realmente demoram a passar, e ao se rever às pessoas que tanto gostamos surge àquela vontade de colocar todos os assuntos em dia. Isso de modo algum é proibido desde que seja feita antes do ato de bater-cabeça e acontecer fora das dependências internas do templo, pois dentro deste deve-se guardar o silêncio em respeito a Oxalá, e aos Guias e Orixás que ali aguardando o inicio da Gira.

  1. Hora de se Entregar a Oxalá

Depois de colocar a roupa branca, chega a hora de entregar-se ao Pai e realizar todos os rituais necessários a nossa segura permanência dentro da Gira.
Dentre esses rituais, o primeiro é o de bater-cabeça, onde nos entregamos a Oxalá com o verdadeiro intuito de se realizar a caridade com muita seriedade e consciência do ato que se praticará, e o qual nunca devemos nos esquecer.

  1. Abertura dos trabalhos

Ao iniciar os trabalhos, já devemos estar totalmente imbuídos no sentido de entrega plena aos entes espirituais, de modo que à vontade de Oxalá seja feita e possamos mais uma vez cumprir nossa obrigação.
Para que fortificamos este sentimento, se faz necessário que a prece de abertura seja sentida verdadeiramente, e não somente recitada. Temos realmente que nos fazer ouvir por Oxalá para que este esteja presente durante toda a Gira, nos ajudando a recarregar a energia gasta durante toda uma semana.
O mesmo é dito ao se bater-cabeça. Muitos não conhecem o significado deste ato, que além de transparecer o nosso respeito a nossa humildade aos Orixás, também é a demonstração da união e coletividade que são fatores essenciais a qualquer templo que trabalhe em prol da Caridade.
  1. Defumação

A firmeza de cada integrante da corrente de faz extremamente necessária nessa hora, pois é ai que toda a negatividade que possa haver se imiscuído dentre a corrente será varrida para fora do Templo, de modo que não possa interferir no perfeito fluxo da Gira. Porem, se os Médiuns não se mantiverem mentalmente firmes no propósito de bani-las, essas forças negativas poderão oferecer maior resistência e até permanecer entre a corrente, podendo atrapalhar assim aos rituais que se procederão.
  1. Chamando os Guias.

Esse é o momento que compõe a essência básica de todos os rituais que o antecederam. É o momento em que os médiuns devem se dispor realmente à Caridade, em amor aos seus Guias e entregando-se a eles de forma que possam vir trabalhar e ajudar a si e aos que deles necessitam.
Mas são muitas às vezes em que somos perturbados por algumas dores ou determinados problemas, e já achamos que não temos condições de deixá-los vir. Bem, esse julgamento é um julgamento que cabe somente a Oxalá, que foi a quem você se entregou quando bateu-cabeça, e aos seus próprios Guias que sabem de suas condições, e não viriam se estas lhe faltassem.
Portanto, não ligamos o nosso Piloto Automático, e deixemos que os desígnios divinos cuidem de nós, pois DEUS sabe o que faz, e cabe-nos somente à parte de nos entregarmos de coração, e nos desligar de tudo o que acontece fora dali.
E quanto aos Médiuns que ainda não incorporam, que não incorporaram naquela Gira ou fizeram sua opção pela não incorporação, não pensem que foram esquecidos, pois cada um, dentro da sua função, seja de cambono, curimba, cantador, são de essencial importância, pois sem vocês os Guias não teriam condições de trabalhar. Portanto, estes devem manter em silencio e se dispor em ajudar naquilo que for preciso, e assim também estarão contribuindo para a pratica da Caridade.
 Irmão de fé – Amar a “Deus” sobre todas
as coisas e ao teu irmão como a ti mesmo
Seres humanos imperfeitos que somos costumamos sempre ver e perguntar o porquê de nossos problemas, a falta do perdão e do amor ao próximo é as principais causas deles, aquele que não consegue perdoar amarra-se ao outro por um cordão que não se quebra nunca, ficando ligados um ao outro por toda uma vida, aumentando nossas limitações. Antes de julgarmos aos outros devemos também nos questionar quanto a nossa conduta, para também não sermos julgados, antes de darmos nossos julgamentos, vamos irmãos nos colocar na vez daquela pessoa para sabermos se gostaríamos de saber que estão falando de nós, vamos nos vigiar irmãos para não cometermos com os outros aquilo que não gostaríamos para nós.
Só quando alcançamos o perdão verdadeiro, aquele que vem do coração é que crescemos tanto espiritualmente quanto materialmente, deixemos de ser mentirosos, hipócritas ou vaidoso, vamos estender nossos braços aqueles a quem precisam e deixarmos o egoísmo de lado. A vaidade pode acabar com a própria espiritualidade do médium e quando ela aparece nunca vem sozinha, vem sempre acompanhada da inveja e desilusão, lembremos sempre irmãos, nós somos os únicos donos da nossa derrota, para combatermos esses maus que nos acompanham, devemos sempre praticar a caridade sem sair pelo mundo daquilo que fez e adotarmos Oxalá em nossos corações.
Nós irmãos de fé, devemos nos respeitar sempre como seres humanos, maridos, esposas, filhos para que a amizade perpetua sempre dentro do terreiro. A intriga, inveja desavença e a preguiça não faz parte da nossa querida Umbanda, esta religião que não faz restrição a nenhum ser encarnado ou desencarnado. 
  

NORMAS


 

Define-se como área do terreiro o portão de entrada ate o reino

  1. Fica estabelecido que nenhum médium poderá fumar dentro desta área, podendo fumar do portão para fora do terreiro, uma vez que a área do terreiro é uma área sagrada e devemos respeitar nossos Orixás e nossas entidades. 
  1. O médium devera trazer as ferramentas de trabalho de seus guias, ou seja: charuto, cigarro, fumo, cachimbo e a bebida de cada entidade. Deverá mostrar aos cambonos onde esta o material, para que quando se fizer necessário, eles sirvam seus guias.
  1. Fica estabelecido o horário dos trabalhos, inicio 10:00 e termino 17:00 horas.
  1. A equipe de limpeza devera chegar no terreiro 1:30 hora antes do inicio dos trabalhos para que aja tempo hábil de efetuar a limpeza e os demais médiuns deverão chegar pelo menos 15 (quinze) minutos antes das 10:00 horas para efetuarem a troca de roupas e fazer as respectivas firmezas.
  1. Periodicamente todos os médiuns serão solicitados a ajudar nos trabalhos de limpeza do terreiro, Haverá uma escala, de acordo com a disponibilidade de cada um.
  1. Os trabalhos começarão as 10:00 horas, caso não de tempo de efetuar a firmeza para o Orixá e o povo da esquerda, quando a primeira entidade do médium se manifestar ela mesma providenciara a firmeza e riscara seu ponto.
  1. Os trabalhos de atendimento aos visitantes terminarão as 16:30 horas, caso falte alguém para ser atendido, ou se faz um passe coletivo ou pede para o visitante retornar no próximo trabalho.
  1. Em caso de atraso, não entre na gira sem o consentimento do Babalaô, na ausência pedir a autorização do guia chefe, na ausência deles pedir autorização aos Pais Pequenos.
  1. Nos dias de Festa aos Orixás ou entidades os horários dos trabalhos serão flexibilizados em função da demanda de visitantes.
  1. Todos os médiuns deverão providenciar a toalha de bater cabeça, A toalha pode e deve ser usada para bater a cabeça e para segurar os médiuns quando uma desincorporação, ficando a mesma na cintura dos médiuns.
Nota: A toalha e um instrumento de trabalho Consagrado ao médium não podendo ser transferido essas energias para outros médiuns, por isso é necessário que todos há tenham.
  1. É necessário que todos os médiuns saúdam a tronqueira quando entrar no terreiro.
  1. Antes de pisar na parte coberta do terreiro é importante saudarmos o solo pertencentes aos Orixás, fazendo o sinal por Olorum, por Oxalá e por Ifá, afinal quando entramos em qualquer casa pedimos licença para entrar e por que não pedirmos licença aos nossos orixás.
  1. Após a troca de roupa, a feituras das respectivas firmezas, cada médium deverá se posicionar para o inicio dos trabalhos.
  1. A cada duas linhas de trabalhos haverá um intervalo de 30 (trinta) minutos, para descanso.Podendo os médiuns irem ao banheiro e lanchar.
  1. O templo é um lugar sagrado, e como tal devemos respeitá-lo, começando a chamar nossos irmãos pelo nome, muitas vezes tratamos nossos irmãos com desdenho chamando ele pelo apelido, não nos esqueçamos que ali estamos nos doando para recebermos nossas entidades assim como elas também merecemos respeito, portando segue como norma, fica terminantemente proibido chamarmos nossos irmãos pelo apelido.
  1. Todos os Médiuns quando da desincorporar deverá guardar e lavar os instrumentos usados (copo, cuia, xícara, etc).

OBRIGAÇÕES DOS CAMBONOS



  1. Caso algum guia peça algum material, pergunte a que se destina.
  1. Procure ter a mão os pertences do Guia que estiver trabalhando.
  1. Quando os passes terminarem e havendo tempo os Médiuns de branco poderão falar com os guias.
  1. Se os Médiuns ao desincorporar não se sentir bem devem leva-lo aos Pais pequenos. Caso estes estiverem incorporados, falem com os Guias dos mesmos. NÃO LEVE DIRETO PARA O PAI DA CASA.

OBRIGAÇÕES DOS OGANS



  1. Zelar pelos atabaques.
  1. Cuidar e guardar sempre em lugar de fácil acesso os equipamentos de manutenção dos atabaques.
  1. Acender vela, e dar água para os atabaques antes de iniciar os trabalhos.
  1. Nos términos dos trabalhos, guardar os atabaques em lugar seguro, afinal o atabaque é o principal instrumento para chamarmos nossos Orixás e nossas queridas entidades espirituais.
  1. O atabaque só poderá ser tocado pelos Ogans e pessoas habilitadas desde que autorizadas pelo Babalaô.


LEMBRANDO QUE AS NORMA PODE VARIAR DE UM  TERREIRO PARA O OUTRO CONFORME O (BABALORIXÁ  OU IALORIXÁ).

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Datas Comemorativas


Datas comemorativas


Oxosse (são Sebastião) 20 de janeiro

Iemanjá: (nossa senhora dos navegantes) 02 de fevereiro

Logum edé: (são Miguel arcanjo)19 de abril

Ogum: (são Jorge)23 de abril

Obá: (santa Joana Darqui)30 de maio

Exu: (santo Antônio)13 de junho

Nanã: (nossa senhora Santana) 26 de julho

Omulu: (são lázaro) 16 de agosto

Oxumarê: (são Bartolomeu)24 de agosto

Ibejis: (Cosme e Damião) 27 de setembro

Xangô: (são Jerônimo)30 de setembro

Iroko: (são Francisco)04 de outubro

Ossaim: (santo expedito)05 de outubro

Obaluaê: (são roque) 02 de novembro

Iansã: (santa Barbara) 04 de dezembro

Oxum: (todas as nossas senhora)08 de dezembro

Ewa: (nossa senhora das neves) 13 de dezembro

Oxalá: (Jesus cristo) 25 de dezembro

Ifá: (espírito santo)25 de dezembro

terça-feira, 2 de agosto de 2011

saudações aos orixá


Saudações, cores e os dias da semana para cada orixá

Exu, encruzilhada da transformação
Exú representa as transformações e proximidades de deus com o ser humano
Exú – Mensageiro dos orixás
  • Saudação: Laroyê Exú!
  • Cores: vermelho e preto
  • Dia da semana: Segunda-feira
Ogum – O orixá da guerra, é também ferreiro
  • Saudação: Ogunhê
  • Cores: azul, verde
  • Dia da semana: Terça-feira
Oxóssi – O orixá da caça e rei das matas
  • Saudação: Okê arô!!
  • Cores: verde, azul
  • Dia da semana: Quinta-feira
Omolú orixá da medicina


Omolú/Obaluaiê – O orixá da medicina, deus da varíola

  • Saudação: Atotô!
  • Cores: marrom, cor palha
  • Dia da semana: Segunda-feira

Nanã Buruku – a mais velha dos orixás, primeira esposa de Oxalá, deusa da morte

  • Saudação: Saluba Nanã!
  • Cores: lilás, roxo
  • Dia da semana: Domingo

Oxumaré/Bessen – O orixá da riqueza representado pelo arco-íris e pela cobra

  • Saudação: Arroboboi Oxumarê!
  • Cores: amarelo e verde
  • Dia da semana: Terça-feira


Logunedé – O caçador filho de Oxum e Oxóssi

  • Saudação: Olorikim Logun!
  • Cores: amarelo e azul
  • Dia da semana: Quinta-feira

Iansã – Senhora dos ventos e tempestades

Iansã - Orixá das tempestades
  • Saudação: Epahey Oyá!
  • Cores: marrom e vermelho
  • Dia da semana: Quarta-feira

Xangô – Senhor da justiça

  • Saudação: Kao Kabiesilê!
  • Cores: vermelho e branco, marrom e branco
  • Dia da semana: Quarta-feira
Oxum orixá da beleza e da maternidade

Oxum orixá da beleza e da maternidade
Oxum – Orixá do amor, da fertilidade e maternidade

  • Saudação: Ora yê yê ô!
  • Cores: amarelo
  • Dia da semana: Sábado

Iemanjá – Deusa do mar, segunda esposa de Oxalá

  • Saudação: Odò ìyá!
  • Cores: prata e branco
  • Dia da semana: Sábado

Ossaim – O orixá das plantas

  • Saudação: Ewê ô!
  • Cores: verde e branco com lista vermelha
  • Dia da semana: Quinta-feira


Obá – orixá dos ventos e redemoinhos

  • Saudação: Obá Xiré Yá!
  • Cores: rosa, coral
  • Dia da semana: Quarta-feira

Irokô – O orixá do tempo

  • Saudação: Iroko y Só! Eeró!
  • Cores: branco, cinza
  • Dia da semana: Terça-feira

Oxalá/Oxaguiã/Oxalufã – O orixá maior Oxalá

O orixá maior Oxalá
  • Saudação: ÈPA BÀBÁ !
  • Cores: Branco
  • Dia da semana: Sexta-feira

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cargos na Umbanda e Candomblé

Hierarquia


Uma casa de santo, seja de Umbanda ou Candomblé, além dos filhos de santo, tem outros participantes que dão suporte aos trabalhos, além de serem considerados, em alguns casos, autoridades na casa.
Tais elementos são os Ogãs e Ekédis.  A principal características desses filhos, é a falta da capacidade de manifestarem o Orixá ou a Entidade Espiritual. Não são rodantes, como se diz normalmente sobre os filhos de santo que têm a capacidade de receberem a entidade, ou seja, de manifestarem através da matéria a personificação do espírito.
Ekéjì (em iorubá) e Ogán são na realidade "Ekéjì Òrìsà" (a segunda pessoa para o Òrisà). No caso, a primeira pessoa do Òrìsà é o babalorixá ou iyalorixá. Ekéjì é um cargo que se divide em algumas categorias e seus atributos (dependendo da categoria) sâo cozinhar para a casa de culto, puxar cânticos sagrados da casa, auxiliar o babalorixá ou iyalorixá, costurar e vestir os Órisà, preparar a pintura dos ìyàwó, etc. Algumas destas tarefas podem ser realizadas também por ìyawó, mas o mais comum é as ekéjí fazerem. 
Os Ogãs, mesmo os de Umbanda, normalmente não incorporam, embora possa  o mesmo ocorrer em alguns casos. Neste caso, não se trata de um Ogã propriamente dito, e sim de médiuns, que podem ser filhos ou não da casa, que estariam momentaneamente ajudando na festa ou sessão, tocando o atabaque. De qualquer forma, é um problema, pois o atabaque é o elemento que faz a chamada da Entidade, e se no meio do toque, o Ogã ao invés de manter a vibração do toque, manifesta-se com ela, poderá criar uma quebra de concentração e conseqüentemente uma quebra fluídica. Seguramente isso ocasionará transtornos em médiuns mais novos como nos mais velhos também. 
Embora não incorporem, com freqüência possuem outras mediunidades, como intuição, visão ou Audição.
    Em algumas casas de Umbanda costuma-se dar à pessoas de bom nível social ou amigos que se apresentam para o trabalho e ajuda da casa, títulos de Ogãs. Estes entretanto, que na verdade não participam da vida ativa do centro e comparecem eventualmente às sessões comuns e muito ativamente nas festas, são uma categoria especial e recebem funções específicas, tais como; fiscais da freqüência, servirem bebidas e comidas aos convidados e procurar manter a normalidade dos trabalhos, impedindo o acesso de elementos negativos que possam criar algum problema.
    O Ogã e a Ekédi, são funções ou capacitações de indivíduos nas diversas nações de Candomblé. Nas diversas nações afro-descendentes recebem nomes específicos. Trataremo-os aqui como Ogã e Ekédi, levando em consideração serem esses os termos mais conhecidos por iniciados ou neófitos. Os Ogãs e Ekédis não são apenas iniciantes a espera da manifestação dos Orixás, ou pessoas que possam ajudar de alguma forma a casa. No Candomblé, Ogã e Ekédi, são cargos que já vêm determinados às pessoas.
    O Ogã e a Ekédi, primeiramente são suspensos pelo Orixá e futuramente confirmados em iniciação particular, diferente em alguns aspectos, da iniciação dos demais Filhos de Santo. Possuem poderes específicos dentro dos barracões, pois são autoridades especiais, sendo considerados pais e mães por natureza. A eles são atribuídos os atabaques, os sacrifícios animais, a guarda de elementos espirituais do culto, colheita de ervas, responsabilidade pela cozinha do santo, auxílio imediato ao Babalorixá/Yalorixá nos Ebós e obrigações dadas nos filhos. São Mães e Pais Pequenos, Mães Criadeiras, verdadeiras mães e pais a quem os filhos devem respeito e carinho.
É importante lembrar que guardada as proporções de cada uma das funções, tantos uns como outros, são importantíssimas em suas funções e seria muito difícil, quiçá impossível, vários objetivos do culto serem alcançados sem suas presenças.
    Respeitem e tratem muito bem, com carinho, amor e devoção aos seus Ogãs, Ekédis, Mães e Pais Pequenos, são eles que de alguma forma, fazem com que o caminho a ser trilhado, por todos, dentro da religião, seja menos penoso, mais alegre e muito mais feliz. 
 

Cargos na Umbanda e Candomblé

Yalorixá/Babalorixá 
onde:
 Ya = Mãe,
Baba = Pai.
Líder do terreiro, o responsável pela iniciação de novos filhos de santo e por todo o culto aos orixás de uma casa. É o responsável material pelas ordens, quer espirituais, quer materiais, emanadas da Cúpula Espiritual. É quem controla todos os médiuns, quer na disciplina, quer na pontualidade, quer nos uniformes, quer na organização de obrigações, festividades, enfim toda a parte material dos rituais de um terreiro.
Yalaxé/Babalaxé
Zelador(a) de Santo.
Yakekerê/Babakekerê
Mãe Pequena/Pai pequeno. Auxiliar direta da mãe ou pai de santo.
Ogã
Médium do sexo masculino que não incorpora Orixá. Apesar de sua principal função ser a de auxiliar a manter o terreiro em ordem, fazendo pequenos consertos, a pintura, auxiliando nas despesas, fazendo serviços que exige força física e pelar os animais de quatro pés sacrificados, há vários Ogãs com diferentes funções num terreiro.
Ogã Calofé
É o responsável por toda a corimba à ser puxada no terreiro, é também instrutor de toques de atabaque. Só existe UM Ogã Calofé em cada terreiro.
Ogã Alabê
Ogãs que tocam atabaques, também chamados de “Ogã de couro”, subordinados ao Ogã Calofé.
Ogã-de-Corimba ou Ogã-de-Canto
Médium preparado, exclusivamente para a puxada da Corimba (Pontos Cantados), respondendo diretamente ao Ogã Calofé, à Mãe Pequena, ou em última instância, ao Chefe do Terreiro.
Pejigã
Ogã responsável pêlos cuidados com o orixá do peji (quarto de santo). É ele quem verifica, juntamente com a iakekerê, se tudo está em ordem no peji.
Axogun, 
Ogã-de-Faca ou Mão-de-Faca
Ogã responsável pelo sacrifício dos animais aos orixás, preparado especialmente para efetuar toda e qualquer matança de animais,  (muito usado em Nação). Existem Axoguns que só podem sacrificar animais de 2 patas.
Olossain ou 
Mão-de-Ofá
Ogã responsável por encontrar nos matos as folhas necessárias para os rituais e Pelo culto de Ossaim no terreiro. Preparado especialmente para fazer a Colheita e a quinagem(maceração) das ervas usadas na Umbanda, para Amacís, assim como para remédios e banhos de descarga.

Ekedji
Mulher que tem como função: auxiliar o orixá, dançar com ele, vesti-lo, enxugar seu suor durante a dança (por isso que trazem sempre uma toalha no ombro), etc. Geralmente é escolhida pelo próprio orixá incorporado. Tem como característica mediúnica o dom de favorecer a incorporação nos médiuns, sendo de extrema importância no desenvolvimento e na chamada dos guias na sessão. Também auxilia na organização da sessão durante a mesma.
Yatebexê
Ekede responsável pelos cânticos e reza dos orixás.
Ebomi
Todas as pessoas feitas no Santo, que tenham mais de sete anos de feitura.
Yalaxé
Aquela que cuida dos axés dos orixás, como os pós, os pigmentos, as ferramentas                e os “temperos” das comidas sagradas.
Jibonã
Responsável pêlos abiãs recolhidos para a iniciação e pêlos ensinamentos que este recebe durante o período de recolhimento. Também chamada de “mãe criadeira”.
Dagã, Sidagã,  Adagan ou Cambono-de-Ebó
Responsáveis pelos culto de Exu, especialmente pelo padê. 
Subordinado diretamente à Mãe de Santo, sendo o único responsável, por todas as entregas negativas do Terreiro.
Yabassé
Responsável pela comida dos orixás e pela cozinha ritual em geral. É ela quem prepara os alimentos dos orixás (ageuns, amalás) e os ebós. 
É a responsável pela cozinha do terreiro, pela confecção de toda e qualquer comida necessária nos trabalhos.
Cota
É subordinada e substituta da Yabassé.
Yawo
Médium (mulher) com feitura no Santo, com menos de sete anos de Santo feito.
Cassutés
Médium (homem) com feitura no Santo, com menos de sete anos de Santo feito. (Nos Candomblé são igualmente chamados de Iaô.)
Abiã
Indivíduo ainda não iniciado, que passou apenas pela pré-iniciação do bori.
Samba
Médium (mulher) em desenvolvimento.
Cambone
Médium (homem) em desenvolvimento.
Yamoro
Pessoa encarregada de tomar conta dos Yawos que estão fazendo Santo. Yamorô é encarregada de levar a água do padê de Exú para fora do barracão.
Babá-Efun e 
Ya-Efun
Homem ou Mulher que faz a pintura dos Yawos ( pintura=Efun ).


Graduação em Ordem de Responsabilidades
1 – Mãe/Pai de Santo
2 – Ogã / Ekedi
3 - Mãe/Pai Pequeno
4 - Chefes de Gira
5 - Médiuns Feitos a mais de 7 anos
6 - Médiuns Feitos a menos de 7 anos 
7 - Médiuns em desenvolvimento

quinta-feira, 30 de junho de 2011

OFERENDA CIGANA

Significado dos Incensos




Absinto - Perfume exótico que estimula a imaginação, criatividade e sensualidade.

Acácia - rituais mágicos para atrair dinheiro e prosperidade.

Alecrim - Exerce uma ação geral de proteção. Aumenta a capacidade de aprendizado. Acalma as crianças e atrai o sexo masculino, sendo indicada para as mulheres que estejam solitárias.

Alfazema - relaxar e acalmar a mente, tranquilidade nos relacionamentos.

Almíscar - afrodisíaco, aumenta a sorte e o sucesso, assim como a intuição.

Aloe Vera - purifica ambiente, estimula sensibilidade e meditação.

Âmbar - afrodisíaco.

Angélica - conexão com as esferas angelicais.

Anis Estrelado - Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva, atrai a boa sorte.

Arruda – limpeza e purifica ambiente.

Artemísia - faz aflorar a clarividência.

Benjoim - Atraí as energias positivas e combate às negativas. Purifica ambiente.

Canela - Tem ação antidepressiva e aumenta a alegria de viver, trazendo boa sorte, felicidade e prosperidade.

Capim Limão - Possui efeito tônico e estimulante. Atua positivamente sobre pessoas depressivas e desanimadas.

Cravo - Aumenta a energia. Trás prosperidade e aumento de ganhos materiais.

Camomila - relaxa, melhora as finanças e acalma emocionalmente.

Cânfora - aumenta a realização emocional e profissional e elimina todo tipo de energia negativa.
Cedro do Oriente - atrai prosperidade, aumente a força física. Muito indicado para purificar os ambientes, pois atrai vibrações de harmonia. Quanto aos negócios, ajuda a ter sucesso com as vendas.

Chocolate - restaura a energia.

Cipreste - aumenta a concentração, a firmeza e o equilíbrio. Proporciona prosperidade e fortuna.

Coco - traz o equilíbrio emocional necessário para a tomada de decisões.

Dama da Noite - afrodisíaco.

Erva Cidreira - relaxamento, confere felicidade e sucesso; assim como promove o encontro de verdadeiro amor.

Erva Doce - tranquilidade e sensibilidade, eficaz no "olho gordo"; como também promove a harmonia e paz.

Eucalipto - concentração e raciocínio, renova as energias e promove uma verdadeira limpeza energética do local.

Flor de Laranjeira - acalma,relaxa, trazendo a seu usuário otimismo e alegria.

Flor do Campo - traz a harmonia da natureza.

Floral - tranquiliza e relaxa.

Hortelã - antidepressivo, anula as energias negativas. É muito indicado para aumentar a compreensão, o poder de decisão, a ordem e a consciência ecológica.

Jasmim - aumenta a resistência física e melhora os negócios. Acalma o ambiente.

Lavanda - elimina a depressão e confere um sono tranqüilo, relaxa e acalma a mente. Produz tranqüilidade nos negócios e relacionamentos.

Lírio- eleva pensamentos para busca da espiritualidade.

Lótus - meditação, conhecimento espiritual.

Maçã Verde - saúde física.

Madeiras do Oriente - tranqüiliza e facilita a meditação.

Madressilva - segurança emocional, elimina traumas do passado.

Manjericão - traz sorte, felicidade, prosperidade e proteção.

Menta - Estimula a inteligência. Facilita a assimilação de informações novas.

Mirra - estimula a intuição.

Morango - vitalidade e energia.

Nardo - traz paz, amor e tranqüilidade ao ambiente. Amplia a intuição e a imaginação.

Noz moscada - alegra o ambiente e atrai dinheiro, da maneira justa e merecida, melhora as condições materiais e aumenta o grau de segurança emocional.

Orquídea - indicado para purificar o ambiente de trabalho e, ajudar a encontrar soluções para problemas práticos.

Patchouli - traz abundância e reativa a fertilidade, proporciona paz de espírito. Facilita a meditação e aguça a intuição.

Pimenta da Jamaica - elimina brigas dentro de casa; atrai dinheiro e boa sorte.

Pinho - atrai proteção e aumenta a fertilidade.

Rosa Amarela - sucesso, prazer, riqueza.

Rosa branca - limpa o ambiente contra as energias maléficas e acalma as pessoas que estão ao seu redor.

Rosa Vermelha - Símbolo de amor e de paixão. Aumenta alegria de viver.

Sândalo - ajuda no desenvolvimento e expansão da intuição, eleva o estado de consciência e cria uma atmosfera de bem estar. Indicado para meditação e paz espiritual.

Sândalo branco - traz sucesso, proteção e aumenta o poder da meditação.

Vertiver - é a fragrância que protege o comercio, favorecendo as boas vendas, atraindo dinheiro e a boa sorte.

Violeta - ajuda a espantar as energias negativas.


Oferendas para os Espíritos Ciganos que Governam seus Caminhos


§ Cigana Ariana


Ingredientes:

4 punhados de trigo de quibe

4 punhados de arroz com casca

4 rabanetes

4 botões de rosa vermelha

4 punhados de açúcar cristal

4 moedas atuais

4 punhados de hortelã picadinha

1 vidro de água de flor de laranjeira

4 velas vermelhas

1 cesta de vime

1 folha de papel vermelho


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Forre a cesta com o papel. Passe simbolicamente os punhados de trigo e coloque-os dentro da cesta. Faça o mesmo com o arroz e o açúcar, arrumando-os separadamente na cesta. Faça o mesmo com os rabanetes e coloque-os sobre o açúcar. Passe as moedas no corpo e coloque-as em pé sobre o açúcar, em volta dos rabanetes. Passe no corpo os botões de rosa e espete-os no açúcar, com as moedas. Jogue os punhados de hortelã em volta dos botões e regue tudo com a água de flor de laranjeira.

Coloque a cesta pronta no alto de uma árvore. Acenda as velas junto ao pé da árvore e peça à cigana Ariana que abra seus caminhos.



§ Cigana Zímbia Taram



Ingredientes:

1 metade de pêssego em calda

1 morango

1 porção de fios de ovos

1 porção de arroz-doce feito somente com leite e açúcar

1 rosa vermelha

1vela vermelha

1 vasilha


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Coloque o arroz na vasilha; arrume o pêssego em cima, com o buraco do caroço voltado para o alto. Nesse buraco ponha o morango e espere nele a rosa.

Leve para uma estrada de barro, no sentido da subida, de preferência embaixo de uma árvore bem frondosa. Acenda a vela e entregue à cigana Zímbia Taram, pedindo a abertura dos seus caminhos.


§ Cigana Zingra


Ingredientes:

2 pedaços de pano lilás

2 punhados de arroz com casca

2 punhados de açúcar

2 doces finos

2 vela lilás


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para junto de uma árvore bem frondosa. Passe os dois pedaços de pano no corpo, pedindo a abertura de seus caminhos. Arrume os panos debaixo da árvore. Passe simbolicamente os dois punhados de arroz no corpo e coloque em cima de cada pano. Faça o mesmo com os doces. Acenda uma vela em cada pano, pedindo à cigana Zingra a abertura de seus caminhos.


§ Cigana Sarita



Ingredientes:

1 porção de salada de frutas (sem abacaxi, nem tangerina)

½ copo de guaraná

1 pedaço de pano amarelo ouro

1 vela amarela


Modo de Fazer:

Fazer esta oferenda na Lua Cheia. Leve todo o material para junto de um rio ou de uma cachoeira. Faça uma salada de fruta e junte com meio copo de guaraná. Passe a salada simbolicamente pelo corpo, pedindo à cigana Sarita a abertura de seus caminhos. Depois entregue esta oferenda à beira do rio ou da cachoeira acendo a vela e reforçando seu pedido à cigana Sarita.


§ Cigana Rosita



Ingredientes:

2 rosas brancas

2 balas brancas

2 doces brancos

2 velas brancas

2 pedaços de pano branco


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Leve todo material para um jardim movimentado. Passe os pedaços do pano no corpo e arrume-os no chão. Passe no corpo as rosas, as balas e os doces, colocando-os um a um sobre os panos (uma rosa, uma bala e um doce em cada pano). Acenda as velas, uma em cada pano, e ofereça á cigana Rosita, pedindo a abertura de seus caminhos.


§ Cigana Wlavira


Ingredientes:

1 porção de ervilha seca

1 porção de hortelã miúda

1 pimenta do reino branca

3 pães árabes

1 prato de papelão prateado

1 tâmara

3 velas azuis

3 moedas atuais


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Cozinhe a ervilha e faça uma pasta. Misture a hortelã picadinha e a pimenta socada. Passe esta pasta nos pães e arrume-os no prato, um por cima do outro, como se fosse um sanduíche de três camadas. Coloque por cima de tudo a tâmara e as moedas.

Leve todo o material para junto de uma árvore bem frondosa. Passe simbolicamente o prato pelo corpo e coloque-o debaixo da árvore. Acenda as velas em triângulo em volta do prato e peça à cigana Wlavira a abertura de seus caminhos.


§ Cigana Saiam


Ingredientes:

1 romã cortada em três partes

3 moedas atuais

3 punhadas de cevada

3 velas azuis

3 punhados de açúcar mascavo

3 pratos de papelão prateado


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para uma estrada. Coloque os pratos no chão. Passe simbolicamente no corpo os punhados de cevada e coloque em cada prato. Repita este processo com os punhados de açúcar e coloque-os por cima da cevada. Em seguida, faça o mesmo com as partes da romã e com as moedas. Acenda as velas em forma de triângulo, em volta dos pratos. Entregue à cigana Saiam, pedindo a abertura de seus caminhos.


§ Cigana Miroan


Ingredientes:

1 punhado de pétalas de rosa amarela

1 punhado de pétalas de rosa vermelha

1 punhado de pétalas de rosa cor de rosa

1 punhado de pétalas de rosa branca

1 maçã cortada em quatro pedaços

1 pêra cortada em quatro pedaços

4 pratos de papelão dourado

4 velas: 1 rosa, 1 amarela, 1 branca e 1 vermelha

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para a beira de um rio. Arrume os pratos debaixo de uma árvore bem frondosa. Passe no corpo os pedaços de maçã, pedindo para abrir seus caminhos; coloque um pedaço em cada prato. Faça o mesmo com a pêra. Passe simbolicamente as pétalas de rosa colocando cada punhado de uma cor em cada um dos pratos. E pedindo à cigana Miroan a abertura de seus caminhos. Acenda cada vela no prato onde estiverem as pétalas da sua cor.


§ Cigana Ilarin

Ingredientes:

1 porção de arroz doce feito com casca de laranja

5 rosas amarelas
5 moedas atuais

5 velas amarelas

1 vidro de água de flor de laranjeira

1 prato de papelão dourado

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Coloque o arroz doce no prato e deixe esfriar. Retire os cabos das rosas; arrume-as sobre o arroz, bem no meio do prato. Coloque em volta as moedas. Jogue por cima de tudo a água de flor de laranjeira; depois passe simbolicamente no corpo, pedindo à cigana Ilarin que abra seus caminhos.

Coloque a oferenda na beira de um rio de águas limpas e acenda as velas juntas na frente do prato.


§ Cigana Sulamita

Ingredientes:

1 porção de arroz doce feito com cravo da índia (sem a cabeça), canela em pau e erva doce

1 flor de girassol

5 rosas vermelhas

5 moedas atuais

1 porção de fios de ovos

5 velas amarelas

1 prato de papelão dourado


Modo de Fazer:

Coloque o arroz doce no prato. No meio coloca o girassol. Em volta do girassol, arrume as rosas; em volta das rosas coloque os fios de ovos; e, em cima dos fios de ovos, coloque as moedas. Passe simbolicamente no corpo o prato já arrumado, pedindo à cigana Sulamita que abra seus caminhos

Leve a oferenda para a beira de um rio de água limpa e acenda as velas juntas diante do prato.

§ Cigana Wlanasha


Ingredientes:

1 bacia de ágata branca

6 peras

6 quindins

6 moedas atuais

6 punhados de arroz com casca

1 vela amarela

Modo de Fazer:

Faça essa oferenda na Lua Crescente. Coloque os seis punhados de arroz na bacia. No centro, arrume os doces. Em volta, arrume as peras e, em cima de cada doce, coloque uma moeda. Leve a oferenda para a beira de um rio. Passe simbolicamente a bacia no corpo. Coloque a bacia na água como se fosse um barco, e peça à cigana Wlanasha para abrir seus caminhos. Acenda a vela na beira do rio.


§ Cigana Wlanira


Ingredientes:

6 frutas diversas (exceto abacaxi e tangerina)

6 doces

6 punhados de arroz com casca

6 punhados de sementes de girassol

6 moedas atuais

6 velas amarelas

1 cesta de vime

Papel laminado dourado


Modo de Fazer:

Faça a oferenda na Lua Crescente. Forre a cesta com o papel. Arrume em metade da cesta, o arroz e, na outra metade, as sementes de girassol. Coloque os doces em cima do arroz e as frutas em cima das sementes de girassol. Espete cada moeda em um dos doces. Passe simbolicamente a cesta no corpo, pedindo à cigana Wlanira que abra seus caminhos.

Leve a oferenda a uma estrada que tenha árvores na beira. Conte seis árvores frondosas. Coloque a cesta no alto da sexta árvore, pedindo à cigana Wlanira que abra seus caminhos. Acenda as velas em volta da árvore.
§ Cigana Samara


Ingredientes:
7 pedaços de pau seco (que sirva para fazer uma pequena fogueira)

7 gotas de essência de canela

7 frutas

7 doces

7 pedaços de pano colorido

7 moedas atuais

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Leve todo o material para um lugar descampado, de terra batida, afastado da zona urbana. Faça uma fogueira com os sete paus. Quando a fogueira estiver acessa, jogue a essência no fogo. Passe os panos no corpo e coloque em volta da fogueira. Faça o mesmo com os doces e as frutas, colocando-os em cima dos panos. Espete uma moeda em cada doce, enquanto vai pedindo: “Pela força da cigana Samara e do fogo vivo, que meus caminhos sejam abertos”.

§ Cigana Zanair

Ingredientes:

7 maçãs

1 bacia de ágata branca

1 folha de hortelã

1 folha de manjericão branca

7 gotas de baunilha

7 punhados de açúcar

1 porção de fios de ovos

7 velas amarelas

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Coloque o açúcar numa panela para fazer uma calda. Quando estiver pronta, junte a folha de hortelã, o manjericão, a baunilha e as maçãs inteiras. Deixe cozinhar por alguns minutos, tomando cuidado para que as maçãs não desmancharem. Deixa esfriar. Coloque dentro da bacia e enfeite com fios de ovos.

Leve a oferenda para junto de uma árvore bem frondosa, na mata, com um rio próximo. Passe a bacia simbolicamente pelo corpo e peça à cigana Zanair a abertura de seus caminhos. Coloque a bacia no alto da árvore e acenda as velas juntas no pé da mesma.

§ Cigana Samila


Ingredientes:

1 cesta de vime

8 rosas brancas

8 balas brancas

8 pães árabes

8 cocadas brancas

8 lenços finos, cada um de uma cor: azul claro, rosa claro, verde claro, branco, lilás, vermelho, laranja e amarelo

8 velas brancas

8 moedas atuais

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Forre a cesta com os lenços, de forma que fiquem com as pontas pendentes para fora. Passe as cocadas simbolicamente no corpo e coloque-as no centro da cesta. Repita o ritual com as balas, colocando-as em volta das cocadas; em seguida faça o mesmo com as moedas e coloque-as em volta das balas. Agora repita o ritual com as rosas e arrume-as em volta das moedas. Por último passe os pães no corpo e coloque-os em pé ao redor das rosas.

Leve a oferenda para junto de um pé de eucalipto. Levante a cesta oito vezes e peça à cigana Samila que abra seus caminhos. Coloque a cesta ao pé da árvore. Acenda quatro velas do lado direito e quatro do lado esquerdo da cesta.

§ Cigana Carmelita


Ingredientes:

1 cesta de vime

8 rosas brancas

8 rosas amarelas

8 doces finos

8 peras

8 lenços finos amarelos

8 lenços finos brancos

8 moedas atuais

8 espiga de trigo

8 velas brancas

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Forre a cesta com os lenços, alternando um branco e um amarelo, e deixando as pontas pendentes para o lado de fora da cesta. Passe no corpo simbolicamente as peras e coloque-as no centro da cesta, sobre os lenços. Faça o mesmo com os doces e arrume-os em volta das peras. Passe no corpo as rosas amarelas e arrume-as em volta dos doces. Faça o mesmo com as rosas brancas e arrume-as em volta das rosas amarelas. Bata no corpo com o feixe das espigas de trigo, pedindo caminhos abertos à cigana Carmelita; arrume as espigas em volta das rosas. Por último, segure todas as moedas entre as mãos juntas e sacuda-as, pedindo prosperidade; a seguir espete cada moeda em uma das peras.

Coloque a cesta na beira de um rio limpo. Acenda quatro velas do lado direito e quatro do lado esquerdo da mesma, pedindo caminhos abertos.


§ Cigana Íris

Ingredientes:

9 maçãs vermelhas

9 lenços vermelhos

1 cesta e vime

9 rosas vermelhas

9 velas vermelhas

9 moedas atuais

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Forre a cesta com os lenços, de modo que as pontas fiquem pendentes para fora. Passe no corpo as maçãs, uma a uma, e vá colocando-as dentro da cesta. Depois passe no corpo as rosas e coloque-as em volta das maçãs. Repita o ritual com as moedas e jogue-as na cesta. Leve a oferenda para uma elevação onde exista uma árvore frondosa. Pendure a cesta em um galho da árvore, pedindo à cigana Íris para abrir seus caminhos. Acenda as velas juntas ao pé da árvore.


§ Cigana Marroquina


Ingredientes:

1 cesta de vime

9 peras

9 espigas de trigo

9 pedaços de fita de várias cores (exceto preto)

9 rosas vermelhas

9 velas nas cores das fitas

9 folhas de canela

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Passe as peras uma a uma pelo corpo, simbolicamente, e coloque-as no centro da cesta. Passe as rosas no corpo e coloque-as em torno das peras. Passe as fitas no corpo e arrume-as na cesta, de modo que as pontas fiquem penduradas para fora. Passe no corpo as folhas de canela e coloque-as sobre as fitas, em torno das rosas. Passe no corpo as espigas de trigo e coloque-as em pé, em volta de tudo.

Leve a oferenda para um lugar onde exista um mato limpo. Acenda as velas em volta da cesta e peça à cigana Marroquina abertura de seus caminhos e prosperidade.

§ Cigana Lemiza

Ingredientes:

10 botões de rosa branca

10 pedaços de fita azul

10 doces finos

5 velas brancas

5 velas azuis

1 cesta de vime pintada de branco

10 folhas de louro

1 lenço fino azul

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Leve todo o material para junto de uma árvore bem frondosa. Passe o lenço no corpo, forre com ele a cesta e amarre as fitas nas alças da cesta. Passe no corpo simbolicamente, os doces e coloque-os no centro da cesta. Passe no corpo os botões de rosa e coloque-os ao redor dos doces. Passe no corpo as folhas de louro, uma a uma, e coloque-as em torno dos botões. Levante a cesta dez vezes acima da cabeça, pedindo à cigana Lemiza para abrir seus caminhos.

Coloque a cesta junto a árvore. Acenda cinco velas de cada lado da cesta, deixando a frente livre. Volte a pedir à cigana Lemiza que abra seus caminhos, dando-lhe paz, saúde e prosperidade.

§ Cigana Zoraide

Ingredientes:

1 mamão verde cortado em fatias finas

1 coco cortado em fatias finas

1 porção de açúcar

1 rosa branca

10 moedas atuais

1 tigela de vidro

10 velas brancas

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Faça uma calda branca com o açúcar. Adicione as frutas e deixe cozinhar. Quando os doces estiverem prontos, deixe esfriar e depois coloque dentro da tigela. Em cima, bem no meio, coloque a rosa. Passe as moedas no corpo, simbolicamente, e coloque-as em volta da rosa. Leve a oferenda para junto de um rio ou de uma cachoeira, cuja beira haja pedras. Levante a tigela dez vezes acima da cabeça, pedindo abertura dos caminhos à cigana Zoraide. Coloque a tigela sobre uma pedra e acenda as velas todas juntas.

§ Cigana Conchita

Ingredientes:

1 bolo aromatizado com baunilha

11 morangos

11 moedas atuais

1 rosa vermelha

11 velas brancas

1 prato de papelão

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Leve todo o material para junto de uma árvore que tenha flores vermelhas ou cor de rosa. Passe o bolo simbolicamente pelo corpo e coloque-o no prato. Coloque os morangos em cima do bolo e os quibes a volta do bolo. Passe as moedas no corpo e espete-as no bolo. Arrume o prato junto a árvore. Acenda do lado esquerdo da oferenda as velas juntas, coloque a rosa no centro do bolo e peça à cigana Conchita a abertura dos caminhos.

§ Cigana Liliaq


Ingredientes:

12 lenços coloridos, em cores claras

1 cesta de vime

6 frutas (à sua escolha) partidas ao meio

12 velas coloridas (exceto preto)

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Arrume os lenços no cesto, com as pontas para fora. Passe as frutas no corpo, simbolicamente, e coloque-as no cesto. Leve a oferenda para uma campina. Coloque a cesta no chão. Acenda seis velas do lado direito e seis do lado esquerdo da mesma, pedindo à cigana Liliaq a abertura dos caminhos.

§ Cigana Saramim


Ingredientes:

6 romãs grandes

6 frutas do conde

1 cesta de vime

12 moedas atuais

12 velas brancas

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Passe as romãs no corpo e coloque-as na cesta. Faça o mesmo com as frutas de conde. Segure as moedas entre as mãos e agite bem, pedindo à cigana Saramim a abertura dos caminhos; depois jogue as moedas dentro da cesta. Coloque a cesta no alto de uma árvore bem frondosa e acenda as velas juntas no pé da árvore.
§ Cigana Raí

Ingredientes:

13 maracujás pequenos

13 velas brancas

13 moedas atuais

1 pano branco

Modo de Fazer:

Faça a oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para junto de uma árvore. Passe o pano no corpo e coloque-o no chão, diante da árvore. Passe os maracujás e as moedas no corpo e coloque-os em cima do pano. Acenda uma vela atrás da árvore, seis do lado direito e seis do lado esquerdo do pano pedindo a abertura dos caminhos à cigana Raí.

§ Cigana Zaina

Ingredientes:

13 rosas brancas

13 velas brancas

13 punhados de arroz com casca

13 punhados de sementes de girassol

13 punhados de açúcar cristal

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para o mato. Passe no corpo os punhados de arroz, um a um, e vá arrumando-os no chão, formando um caminho. Volte para o início, passe no corpo as sementes de girassol e arrume-as ao lado do arroz. Volte e passe no corpo simbolicamente o açúcar e arrume-o ao lado das sementes de girassol. Volte, passe no corpo as rosas, corte seus cabos e coloque-as dispersas sobre o caminho. Volte e acenda as velas espalhadas ao lado do caminho pedindo à cigana Zaina a abertura dos caminhos.

§ Cigana Najara (Cobra Naja)
Ingredientes:

1 porção de salada de fruta (exceto abacaxi e tangerina)

14 rosas amarelas

14 lenços coloridos, em cores claras, predominando o amarelo ouro

Papel laminado dourado

14 moedas atuais

1 cesta de vime

14 velas de cores diversas (exceto preto); as cores podem ser repetidas

14 fitas coloridas finas, com a medida igual à altura da pessoa que vai fazer a oferenda


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Forre a cesta com o papel. Coloque nela os lenços, de modo que as pontas fiquem para fora. Coloque a salada dentro da cesta e ponha a rosa por cima. Passe as moedas no corpo e jogue uma a uma dentro da cesta, pedindo à cigana Najara a abertura dos caminhos.

Leve o material para junto de uma árvore no mato. Levante a cesta quatorze vezes, fazendo seu pedido; a seguir, coloque-a no alto da árvore. Passe cada uma das fitas no corpo e estique-as em volta da árvore, formando raios como os de uma roda, pedindo a abertura de seus caminhos. Em cada ponta das fitas distante da árvore, acenda uma vela, pedindo à cigana Najara tudo de bom.

§ Cigana Katiana Natasha


Ingredientes:

14 ímãs em forma de ferradura

2 pés de cera

1 salada de frutas temperada com açúcar mascavo e licor de menta

1 cesta de vime em que caibam os pés de cera

7 rosas vermelhas

7 rosas amarelas

14 lenços coloridos

Papel laminado dourado

14 moedas atuais

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Forre a cesta com o papel. Coloque dentro os lenços, com as pontas pendentes para fora. Passe os pés de cera nos seus pés e coloque-os na cesta. Passe a salada de fruta na sola dos seus pés e coloque-a dentro dos pés de cera. Passe sete ímãs em cada um de seus pés e arrume-o em torno dos pés de cera. Passe as moedas no corpo e coloque uma a uma em cima de cada ímã. Passe as rosas vermelhas no corpo e coloque-as ao redor dos pés de cera. Faça o mesmo com as rosas amarelas e coloque-as em volta das rosas vermelhas.

Leve a oferenda para uma estrada de subida, de preferência sem calçamento. Coloque a cesta no alto de uma árvore na beira da estrada, pedindo elevação e abertura de caminhos à cigana Katiana Natasha.

§ Cigana Carmencita


Ingredientes:

15 espelhos pequenos

1 cesta de vime

Papel laminado vermelho

15 maçãs

15 rosas vermelhas

15 velas brancas

15 moedas atuais

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Forre a cesta com o papel. Passe as maçãs no corpo pedindo abertura dos caminhos à cigana Carmencita, e coloque-as no centro da cesta. Depois pegue os espelhos, um a um, e mire-se neles, pedindo à cigana Carmencita que abra seus caminhos e coloque coisas boas neles. Arrume os espelhos em pé em volta das maçãs. Passe simbolicamente as rosas no corpo, tire os cabos e coloque as flores na frente dos espelhos. Passe as moedas no corpo e coloque-as uma a uma perto das rosas.

Leve todo material para uma rua de subida, arborizada. Ande um pouco, levando a cesta; depois a coloque ao pé de uma árvore bem frondosa. Acenda as velas juntas e ofereça à cigana Carmencita.







§ Cigana Zaira


Ingredientes:

1 cesta de vime

1 pedaço de pano estampado (sem amarelo e preto)

15 frutas (exceto abacaxi e tangerina)

15 moedas atuais

15 doces árabes finos

15 rosas vermelhas

15 velas vermelhas

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Forre a cesta com o pano, de modo que as pontas fiquem pendentes para o lado de fora. Passe as frutas no corpo e coloque-as dentro da cesta. Faça o mesmo com as rosas, os doces e, por último, as moedas. Leve a oferenda para um lugar bem arborizado. Coloque a cesta no pé de uma árvore. Acenda sete velas do lado direito, sete do lado esquerdo e uma na frente da cesta, pedindo à cigana Zaira abertura dos caminhos.

§ Cigana Iasmim

Ingredientes:

16 moedas atuais

16 rosas brancas

16 cocadas brancas pequenas

16 uvas verdes

16 pedaços de fita azul-clara

2 perfumes

2 pentes

2 espelhos

2 sabonetes perfumados

16 lenços finos azul-claros

2 escovas de cabelo brancas

2 bacias de ágata

16 velas azul-claras

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para uma praia; leve um acompanhante para ajudá-lo. Fique descalço na beira da água, molhando só os pés. Peça para seu acompanhante para segurar uma das bacias perto de você. Passe no corpo as cocadas e coloque-as no meio da bacia. Passe no corpo as uvas e coloque-as em volta das cocadas. Passe no corpo as fitas e arruma-as na bacia com as pontas para fora. Faça o mesmo com as rosas sem o cabo, as moedas, um perfume, um pente, um espelho, uma escova de cabelo e um sabonete, colocando tudo dentro da bacia. Em seguida pegue a bacia e coloque na água, como se fosse um barco, pedindo à cigana Iasmim abertura dos caminhos.

Volte para a beira da praia. Arrume os lenços na outra bacia, com as pontas para fora. Coloque dentro da bacia um pente, um espelho, um perfume, um sabonete e uma escova de cabelo. Leve para água e ofereça à cigana Iasmim, na força da Deusa do Mar, para que abra seu caminho; em seguida, coloque a bacia na água como se fosse um barco. Acenda as velas todas juntas na areia da praia.

§ Cigana Zaida

Ingredientes:

1 porção de salada de frutas (pêra, uva verde, banana, melão, laranja e maçã) temperada com açúcar cristal

16 velas azuis

16 rosas brancas

16 moedas atuais

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Leve todo o material para a beira da praia. Com um pedaço de pau, desenhe na areia uma grande estrela de cinco pontas. Entre no meio da estrela. Em cada ponta, pelo lado de dentro, espete três rosas, acenda três velas e coloque três moedas. A seguir, fique de pé no centro da estrela, de frente para o mar. Passe a salada pelo corpo deixando cair no centro da estrela. Ao terminar, afasta-se um pouco para o lado; acenda a última vela e coloque a última moeda e a última rosa no meio da salada que ficou na areia. Saia da estrela ajoelhe-se na areia de frente para o mar e peça à cigana Zaida a abertura de seus caminhos.

§ Cigano Wlais


Ingredientes:

1 inhame cará

1 porção de mel

1 prato de papelão prateado

1 cacho de uva verdes

16 moedas atuais

16 velas brancas

1 pedaço de pano branco

16 fitas prateadas

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Cozinhe o cará e descasque-o usando uma moeda. Amasse-o com mel. Faça com essa massa um coração dentro do prato. Leve todo o material para uma praia, mas fique um pouco distante da água. Abra o pano no chão e coloque o prato em cima. Passe simbolicamente o cacho de uvas no corpo e coloque-o em cima do coração. Faça o mesmo com as moedas, espetando-as em cima do coração, pedindo ao cigano Wlais abertura dos caminhos. Passe as fitas no corpo, uma a uma, e estique no chão, de junto do prato para fora, na direção de seus pés. Faça assim vários caminhos de fitas, pedindo sempre abertura dos caminhos. Acenda uma vela do lado esquerdo de cada fita, no meio do seu comprimento ( se acender na ponta fecha os caminhos).

§ Cigano Diego


Ingredientes:

15 mangas espada

15 ímãs em forma de ferradura

15 pratos de papelão prateado

Mel

15 moedas atuais

15 velas brancas

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Percorra 15 ruas ou 15 caminhos, levando os materiais da oferenda. Em cada rua ou caminho, passe no corpo uma manga, um ímã e uma moeda; coloque-os em um dos pratos, cobrindo com fio de mel. Ponha-o no chão e acenda junto uma das velas. Faça isso até completar os 15 caminhos ou ruas, pedindo sempre ao cigano Diego abertura dos caminhos.

§ Cigano Ramires


Ingredientes:

1 abacate grande, cortado ao meio e sem caroço

1 porção de arroz com casca

1 porção de canela em pó

1 porção de açúcar branco

1 porção de amendoim torrado, descascado e moído

1 porção de açúcar mascavo

1 vela verde

1 prato de papelão dourado

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Misture o arroz com o açúcar branco e a canela. Faça uma paçoca do amendoim misturado com o açúcar mascavo e canela. Coloque as duas partes do abacate no prato. Encha uma das partes com o arroz e a outra com a paçoca. Passe simbolicamente o prato no corpo e leve para o mato fechado. Ao entrar no mato, acenda a vela, pedindo licença para entrar. Coloque o prato no chão e peça ao cigano Ramires a abertura dos caminhos.

§ Cigano Ramon (Ramão)


Ingredientes:

13 pedaços de galhos secos

13 gotas de essência de canela

13 pedaços de pano lilás, cortados no feitio de lenços

13 moedas atuais

13 velas lilases

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para o mato. Faça uma fogueira com os galhos. Em seguida passe os panos no corpo, pedindo a abertura dos caminhos. Jogue-os no fogo, dizendo: “Estou queimando toda a negatividade do meu caminho.” Jogue as moedas na fogueira dizendo: “Estou pagando para que meus caminhos sejam abertos.” Acenda as velas ao redor da fogueira e ofereça ao cigano Ramon.

§ Cigano Rochiel

Ingredientes:

1 melão grande

1 molho de hortelã miúda

11 moedas atuais

11 velas brancas

1 prato de papelão prateado

1 porção de açúcar cristal

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Faça um corte no melão semelhante a uma tampa e reserve. Faça uma rodilha com o molho de hortelã no centro do prato e coloque o melão em cima. Leve todo o material para junto de um bambuzal. Coloque o prato no chão, debaixo dos bambus. Passe as moedas no corpo e jogue dentro do melão. Jogue o açúcar por cima (dentro da fruta) e coloque a tampa (feita com o pedaço do melão). Acenda as velas juntas ao lado do prato, pedindo a abertura dos caminhos ao cigano Rochiel.

§ Cigano Killiaq

Ingredientes:

12 frutas do conde

12 moedas atuais

12 velas brancas

12 quibes

2 travessas de madeira

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Leve todo o material para junto de uma pedra. Passe as frutas do conde no corpo e coloque-as em uma das travessas. Passe os quibes no corpo e coloque-os na outra travessa. Passe as moedas no corpo; espete seis delas nas frutas e as outras seis nos quibes. Coloque a travessa com as frutas sobre a pedra; acenda junto dela seis velas juntas. Coloque a outra travessa no chão, junto à pedra; acenda as outras seis velas junto dela e peça a abertura dos caminhos ao cigano Killiaq.

§ Cigano Bóris

Ingredientes:

11 quibes

11 doces

11 moedas atuais

11 velas marrons

1 prato de papelão

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para junto de uma árvore bem frondosa. Coloque o prato junto da árvore. Passe os quibes simbolicamente no corpo, e coloque-os no prato. Faça o mesmo com os doces e com as moedas, espetando uma moeda em cada doce. Acenda as onze velas juntas perto do prato e peça abertura de seus caminhos ao cigano Bóris.

§ Cigano Tarim

Ingredientes:

1 cacho de uvas verdes

10 velas brancas

10 balas brancas

10 moedas atuais

1 pano branco

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para junto de um pé de pata-de-vaca. Passe o pano corpo e coloque no chão, junto a árvore. Passe simbolicamente no corpo o cacho de uvas e coloque-o sobre o pano. Passe no corpo as balas, arrumando-os em torno das uvas. Faça o mesmo com as moedas. Acenda cinco velas do lado direiuto e cinco do lado esquerdo do pano, pedindo ao cigano Tarim que abra seus caminhos.

§ Cigano Kapistiano

Ingredientes:

9 quibes

9 pães árabes

9 peras

9 punhados de arroz com casca

9 favas de carvalho

9 moedas atuais

9 pedaços de pano b ranço

9 velas brancas

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para frente de uma praia, mas em um local que as ondas do mar não alcancem. Passe os pedaços de pano no corpo e arrume-os no chão. Repita o processo o ritual com os punhados de arroz, colocando cada um em cima de um dos panos e com os pães, colocando-os também sobre os panos. Agora passe no corpo as peras e coloque-as sobre os pães. Faça o mesmo com os quibes, as favas e as moedas, pedindo ao cigano Kapistiano a abertura de seus caminhos. Acenda uma vela por trás do grupo de panos, quatro do lado direito e quatro do lado esquerdo dos mesmos.
§ Cigano Artêmio

Ingredientes:

1 prato de papelão prateado

1 pão doce grande

8 ímãs pequenos em forma de ferradura

8 moedas atuais

8 balas brancas

1 porção de mel de abelha

1 fava divina

8 velas brancas

8 folhas de eucalipto

1 faca virgem

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para a beira de uma estrada de barro onde exista uma árvore bem frondosa. Passe simbolicamente o pão no corpo; corte-o ao meio com a faca virgem e coloque-o aberto no prato. Passe cada um dos ímãs no corpo, pedindo que atraiam coisas boas para você, e vá arrumando-os sobre uma das metades do pão. Passe as balas no corpo, uma de cada vez, e coloque cada uma em cima de um dos ímãs. Por cima das balas e dos ímãs coloque a fava divina. Coloque o mel por cima e cubra com a outra metade do pão, como se fosse um sanduíche. Passe as moedas no corpo e espete-as no pão, em linha reta. Coloque as folhas de eucalipto em volta do pão, para enfeitar.

Levante o prato oito vezes, de frente para o sol, e peça ao cigano Artêmio para abrir seus caminhos. Coloque junto à árvore; acenda quatro velas do lado direito e quatro do lado esquerdo do prato.


§ Cigano Hiago


Ingredientes:

7 pedaços de pano, cada um de uma cor (exceto preto)

7 punhados de aipim cru ralado

7 damascos

7 tâmaras

7 morangos

7 cerejas

7 moedas atuais

7 velas nas mesmas cores dos panos

7 punhados de açúcar cristal


Modo de Fazer:

Faça essa oferenda na Lua Crescente. Procure um lugar que tenha sete caminhos ou ruas não asfaltadas (não é para fazer a oferenda na encruzilhada). Em cada um dos sete caminhos faça o seguinte: Escolha um dos pedaços de pano (a cor fica ao seu critério). Passe-o no corpo e coloque no chão. Passe no corpo simbolicamente um punhado de aipim misturado com açúcar cristal e coloque-o sobre o pano. Passe no corpo um damasco e coloque-o sobre o aipim. Faça o mesmo com uma tâmara, um morango, uma cereja e uma moeda. Passe no corpo a vela da cor do pano e acenda-a junto da oferenda, pedindo ao cigano Hiago a abertura dos seus caminhos.

Repita o mesmo ritual até completar os sete caminhos. No último, diga as seguintes palavras: “Cigano Hiago, vós que fostes o guardião que abria os caminhos para os ciganos passarem, peço que abrais meus caminhos para que eu possa conseguir meu ideal.”



§ Cigano Wladimir

Ingredientes:

6 claras de ovo

Corante para bolo, na cor azul

12 colheres de sopa de açúcar

6 moedas atuais

6 morangos

6 cerejas

1 vela azul

1 bacia de ágata branca

Modo de Fazer:
Faça esta oferenda na Lua Crescente. Bata as claras em neve com o açúcar e o corante, para fazer um suspiro azul. Coloque o suspiro dentro da bacia. Por cima coloque, no centro, os morangos, as moedas; e em volta das moedas, as cerejas.

Leve a oferenda para a beira de um rio de água limpa. Passe simbolicamente a bacia pelo corpo, pedindo ao cigano Wladimir que abra seus caminhos. Coloque a bacia na água, como se fosse um barco, pedindo que, junto à força de Wladimir, as águas limpem seus caminhos. A seguir, acenda a vela na beira do rio.


§ Cigano Ferran



Ingredientes:

5 pães árabes

5 doces árabes

5 quibes

1 porção de ervilha cozida

1 pitada de sal

1 pimenta do reino branca

5 damascos

5 velas amarelas

1 cesta de vime

Papel dourado


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Forre a cesta com o papel. Faça uma pasta com a ervilha; junte o sal e a pimenta do reino branca. Passe essa pasta nos pães. Passe simbolicamente no corpo os pães, pedindo a abertura de seus caminhos. Coloque-os em pé dentro da cesta, dispostos na volta toda. Repita o ritual com os doces, colocando-os, em seguida, no centro da cesta. Passe simbolicamente, os quibes no corpo e arrume-os em volta dos doces. Faça o mesmo com os damascos e coloque cada um junto com os pães.

Leve todo material para junto de uma árvore bem frondosa. Levante cinco vezes a cesta acima da sua cabeça e peça ao cigano Ferran que tire todos os obstáculos de seu caminho. Coloque a cesta no alto da árvore e acenda as velas junto ao pé da mesma.


§ Cigano Tiago

Ingredientes:

1 porção de trigo de quibe

1 porção de frutas cristalizadas picadinhas

4 pratos de papelão prateado

4 morangos

4 folhas de hortelã miúda

4 moedas atuais

4 velas verdes

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Faça um mingau grosso (cozido) com o trigo e um pouco de água. Coloque um pouco do mingau em cada prato e deixa esfriar. Em seguida, ponha um morango e, à sua volta, frutas cristalizadas picadinhas, uma folha de hortelã miúda e uma moeda, em cada prato, sobre o mingau. Quando os pratos estiverem completos, passe-os simbolicamente pelo corpo pedindo ao cigano Tiago a abertura de seus caminhos.

Leve os pratos para um campo verde e limpo e acenda uma vela em cada prato, oferecendo ao cigano Tiago.


§ Cigano Pedrovik

Ingredientes:

3 mangas espada

3 punhados de cevada

3 moedas atuais

1 prato de papelão ou uma folha de mamona bem grande

3 velas azuis


Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve todo o material para uma estrada. Coloque o prato ou folha de mamona no chão. Passe no corpo simbolicamente os punhados de cevada e coloque-os no prato ou mamona. Coloque por cima da cevada, as mangas e em seguida as moedas. Acenda as velas em forma de triângulo, em volta do prato, e entregue ao cigano Pedrovik, pedindo a abertura de seus caminhos.


§ Cigano Pablo


Ingredientes:

1 melão cortado em duas metades

2 velas azuis

2 punhados de açúcar misturado com canela

1 pano azul

 Água de anil (porção para um banho)

Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Crescente. Leve o material (exceto a água de anil) para junto de uma árvore frondosa. Passe o pano em seu corpo e arrume-o debaixo da árvore. Passe simbolicamente as duas partes do melão no corpo e arrume sobre o pano. Faça o mesmo com os dois punhados de açúcar e coloque cada punhado de açúcar dentro de cada parte do melão. Em seguida repita este procedimento com as velas e acenda cada uma junto à ponta de cada um dos panos pedindo ao cigano Pablo a abertura de seus caminhos.

Chegando a casa, tome um banho com a água de anil.