quarta-feira, 31 de março de 2010

Oração para Fortalecer o Espirito

Oração para Fortalecer o Espirito

Salve a Luz!!
Como algumas pessoas vem constantemente me pedindo orações aos Anjos, decidi compartilhar as orações que uso em rituais! Boa Sorte a Todos!
Oração para Fortalecer o Espírito
Eu creio em um Deus que habita em meu coração e que transforma tudo ao meu redor,
Creio em um Universo que trabalha sempre a meu favor e me mostra sempre o melhor caminho a seguir.
Creio na força dos anjos, que se ancoram ao me lado quando a cruz parece pesada demais para eu suportar.
Creio na alma humana, feita a imagem e semelhança de Deus e desta forma, nenhum mal me atinge, pragas e feitiços lançados se tornam bênçãos ao chegar na minha energia.
Creio no Espírito Santo que é Senhor e propaga a vida entre todos os povos, creio que as crenças diversas se tornam um só caminho e que meu caminho é de prosperidade, paz, amor e glória.
Creio na Glória de Deus e dos Anjos que me guiam de dia e de noite, creio na Luz que expande através do meu peito e que afasta todos os males do espírito.

Oração cigana

Oração cigana para realização de seus propósitos:

Salve a natureza! Salve o círculo mágico azul que me envolve!
Eu sou feliz e rica, eu tenho o hoje e o amanhã! Tenho o meu futuro pela frente!
A saúde tomou conta de meu corpo!
Obrigado, por tudo de bom que vós me destes e continuarás dando!
Porque eu posso, eu quero, eu mereço eu vou conseguir através da Lua Cigana, e dos Mentores Ciganos, eu realizarei todos os meus sonhos, porque querer é poder, e eu posso!
Salve Santa Sara Kali! Que sempre ilumine o meu caminho, afastando os inimigos da minha estrada, que os olhos deles não cheguem até os meus e que seus passos não cruzem o meu caminho.
Que assim seja e assim se faça!
 

pomba gira cigana esmeralda

Esta entidade de pomba-gira é muito conhecida na linha do oriente, quando chega ao mundo bem incorporada, chega sempre alegre e sorrindo, costuma sempre se vestir de verde esmeralda e sua saia tem um bolso na frente onde guarda o seu baralho.
Todos os médiuns da cigana esmeralda tem uma boa visão para as cartas e sempre são excelentes cartomantes.
A Pomba-Gira Esmeralda, como muita gente sabe… foi aquela cigana que habitava Paris na época medieval onde defendeu um corcunda da maldade da igreja e do povo na época que o ridicularizava devido a sua aparência física.

segunda-feira, 29 de março de 2010

filhos de ogum

Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande.

Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.

São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.

As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.

Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades.

Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.

A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio.

Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas.

Não admite a fraqueza e a falta de garra.

Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as horas.

É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia nervosa que necessita ser descarregadas em qualquer atividade que não implique em desgastes físicos.

Sua vida amorosa tende a ser muito variada, sem grandes ligações perenes, mas sim superficiais e rápidas.

ogum xoroque

Uma vez ao voltar de uma caçada não encontrou vinho de palma (ele devia estar com muita sede), e zangou-se de tal maneira que irado subiu a um monte ou montanha e Xoroquê (gritou Ferozmente ou cortou cruelmente do alto da montanha ou monte), cobrindo-se de sangue e fogo e vestiu-se somente com o mariwo, esse Ogum furioso chamado agora de Xoroquê, foi para longe para outros reinos, para as terras dos Ibos, para o Daomé, ate para o lado dos Ashantis, sempre furioso, Guerreando, lutando, invadindo e conquistando. Com um comportamento raivoso que muitos chegaram a pensar tratar-se de Exu zangado por não ter recebido suas oferendas ou que ele tivesse se transformado num Exu (talvez seja por isso que chegue a ser tratado como sendo metade exu por muitos do candomblé). Antes que ele chegasse a Ire, um Oluwo que vivia lá recomendou aos habitantes que oferecessem a Xoroquê, um Aja (cachorro), Exu (inhame), e muito vinho de palma, também recomendou que, com o corpo prostrado ao chão, em sinal de respeito recitassem o seus orikis, e tocadores tocassem em seu louvor. Sendo assim todos fizeram o que lhes havia sido recomendado só que o Rei não seguiu os conselho, e quando Xoroquê chegou foi logo matando o Rei, e antes que ele matasse a população Eles fizeram o recomendado e acalmaram Xoroquê, que se acalmou e se proclamou Rei de Ire sendo assim toda vez que Xoroquê se zanga ele sai para o mundo para guerrear e descontar sua ira chegando ate a ser considerado um Exu e quando retorna a Ire volta a sua característica de Ogum guerreiro e vitorioso Rei de Ire.

sábado, 27 de março de 2010

Obaluaiê

Obaluaiê, Obaluaê, Abaluaiê (de Ọbalúayé, "rei dono da terra", em iorubá), Omolu (Ọmọlu, "filho do senhor", idem) e Xapanã (Ṣànpònná) são os nomes dados ao orixá da varíola e das doenças contagiosas, tanto para enviá-las quanto para curá-las. Ora são considerados nomes diferentes do mesmo orixá, ora se reconhece pelo menos dois: Obaluaiê, mais velho, sincretizado na Bahia com São Roque e Omolu, jovem, sincretizado com São Lázaro.


Seu culto, assim como o de Nanã Burucu, parece fazer parte de sistemas religiosos anteriores a Odudua. Não constam da lista dos companheiros de Odudua ao chegar em Ifé, mas algumas lendas de Ifá dizem que Obaluaiê já estava instalado em Òkè Itaṣe antes da chegada de Orunmilá, que pertence ao grupo. A antiguidade desses cultos é também sugerida por um detalhe dos sacrifícios que lhe são feitos, realizados sem o emprego de instrumentos de ferro, o que sugere que ambos fazem parte de uma cultura anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum. Diz-se que é filho de Nanã Burucu e originário, como ela e Oxumaré, do país Mahi. No Brasil, os pejis (altares, assentamentos) dessas três divindades são reunidos numa mesma cabana, separada das dos outros orixás.

Segundo Frobenius, haveria dois Xapanãs: um de origem tapá, que ele chama de Ṣànpònná-Airo e o outro,que teria ido a Oyó, vindo do Daomé, que chama de Ṣànpònná-Boku, aproximando-o de Nanã Burucu. Existe muita confusão a respeito de Ṣànpònná, Ọbalúayé, Ọmọlu e Mọlu, que se misturam em alguns lugares e em outros são orixás distintos, e também com Nanã Burucu, igualmente confundida com eles. Segundo Pierre Verger, é possível tanto que se trate de:

- ou um sincretismo entre duas divindades, uma do leste, Ṣànpònná-Ọbalúayé (Nàná-Buruku), e outra do oeste, Ọmọlu-Mọlu (Nàná-Brukung), que se juntaram e tomaram um caráter único em Kêto;

- ou então, tratar-se-ia de uma divindade única, trazida por migrações leste-oeste, como as dos Ga, que foram de Benim para a região de Acra, durante o reino de Udagbede, no fim do século XII e levada depois para seu lugar de origem, com um novo nome que, no início, era apenas um epíteto.

Seus iaôs dançam inteiramente revestidos de palha da costa. A cabeça é coberta por um capuz da mesma palha, cujas franjas recobrem o rosto. Em conjunto, parecem pequenos montes de palha, em cuja parte inferior aparecem pernas cobertas por calças de renda e, na altura da cintura, mãos brandindo um xaxará, espécie de vassoura feita de nervuras de folhas de palmeira, decorada com búzios, contas e pequenas cabaças que se supõe conter remédios. Dançam curvados para a frente, como que atormentados por dores, e imitam o sofrimento, as coceiras e os tremores de febre. A orquestra toca para Obaluaiê um ritmo pesado, lento triste e quebrado por pausas, chamado opanijé, o que significa em iorubá "ele mata qualquer um e o come".

No Brasil como em Cuba (onde é chamado Babalú Ayé), considera-se perigoso pronunciar o nome de Xapanã, chamado Obaluaiê ou Omolu por prudência. É sincretizado com São Lázaro e São Roque na Bahia e em Cuba, e com São Sebastião no Recife e Rio de Janeiro. As pessoas que lhe são consagradas usam dois tipos de colares: o lagidiba, feito de pequenos discos negros enfiados, ou o colar de contas marrons com listas pretas. Quando o orixá se manifesta sobre um de seus iniciados, é acolhido pelo grito "Atotô!" ("respeito e submissão!"). A festa anual de oferendas chama-se "Olubajé" e em seu decorrer lhe são apresentados pratos de aberém (milho cozido enrolado em folhas de bananeira), carne de bode, galos e pipocas. As segundas-feiras lhe são consagradas. Nesse dia, o chão do adro da Igreja de São Lázaro, na Bahia, é coberto de pipocas que as pessoas passam no corpo para se preservar de doenças contagiosas. As proibições alimentres das pessoas dedicadas a Obaluaiê são, como na África, carne de carneiro, peixe de água doce de pele lisa, caranguejos, banana-prata, jacas, melões, abóboras e frutos de plantas trepadeiras.

O arquétipo de Obaluaiê, segundo Verger, é o das pessoas com tendências masoquistas, que gostam de exibir seus sofrimentos e as tristezas, das quais tiram uma satisfação íntima. Pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida lhes corre tranqüila. Podem atingir situações materiais invejáveis e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.


Mitos de Obaluaiê/Omolu Por causa do feitiço usado por Nanã para engravidar, Omolu nasceu todo deformado. Desgostosa com o aspecto do filho, Nanã abandonou-o na beira da praia, para que o mar o levasse. Um grande caranguejo encontrou o bebê e atacou-o com as pinças, tirando pedaços da sua carne. Quando Omolu estava todo ferido e quase morrendo, Iemanjá saiu do mar e o encontrou. Penalizada, acomodou-o numa gruta e passou a cuidar dele, fazendo curativos com folhas de bananeira e alimentando-o com pipoca sem sal nem gordura até o bebê se recuperar. Então Iemanjá criou-o como se fosse seu filho.

Omolu tinha o rosto muito deformado e a pele cheia de cicatrizes. Por isso, vivia sempre isolado, se escondendo de todos. Certo dia, houve uma festa de que todos os Orixás participavam, mas Ogum percebeu que o irmão não tinha vindo dançar. Quando lhe disseram que ele tinha vergonha de seu aspecto, Ogum foi ao mato, colheu palha e fez uma capa com que Omulú se cobriu da cabeça aos pés, tendo então coragem de se aproximar dos outros. Mas ainda não dançava, pois todos tinham nojo de tocá-lo. Apenas Iansã teve coragem; quando dançaram, a ventania levantou a palha e todos viram um rapaz bonito e sadio; e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã, que Omolu recompensou dividindo com ela o poder de controlar eguns (espíritos dos mortos).

Quando Obaluaiê ficou rapaz, resolveu correr mundo para ganhar a vida. Partiu vestido com simplicidade e começou a procurar trabalho, mas nada conseguiu. Logo começou a passar fome, mas nem uma esmola lhe deram. Saindo da cidade, embrenhou-se na mata, onde se alimentava de ervas e caça, tendo por companhia um cão e as serpentes da terra. Ficou muito doente. Por fim, quando achava que ia morrer, Olorum curou as feridas que cobriam seu corpo. Agradecido, ele se dedicou à tarefa de viajar pelas aldeias para curar os enfermos e vencer as epidemias que castigaram todos que lhe negaram auxílio e abrigo.

Euá era uma exímia e bela caçadora. Sua beleza não só ofuscava os admiradores, como também cegava, devido ao veneno que ela lançava em quem ousasse lhe encarar ou lhe dar uma simples piscadela de olhos. Um dia ela encontrou Omolu e por ele se apaixonou perdidamente. Casaram-se, porém Omulu era extremamente ciumento e um dia, julgou estar sendo traído e prendeu Euá em um formigueiro, deixando-a entregue à própria sorte. As formigas fizeram um banquete com a carne da rainha da caça e da beleza, e quando Euá ameaçou dar o último suspiro, Omolu apareceu e a levou para casa. Euá ficou deformada pelas picadas das formigas e seu rosto ficou feio e disforme, tomado pelas cicatrizes. Omulu a cobriu de palha-da-costa, de coloração vermelha, para que ninguém visse sua feiúra nem o repreendesse pelo castigo dado à esposa por uma simples suspeita.
Obaluaiê/Omolu na Umbanda

Exu Omulu, de Lady VentaniaTradicionalmente, como ainda se dá em muitos centros, Omolu/Obaluaiê foi considerado pelos umbandistas como "Exu Omolu Rei", "Exu Omulu", "Anjo da Morte" e senhor Supremo dos Cemitérios, incumbido de zelar pelos mortos ali enterrados. Apresenta-se nos terreiros coberto por um lençol ou toalha branca e comanda a Linha das Almas na Quimbanda como um senhor de grande poder, comparável apenas ao Maioral, "Seo Lúcifer". Quando solicitado, trabalha para minimizar o sofrimento dos filhos e recebe obrigações, presentes e solicitações no cruzeiro do cemitério. É ajudado por Exu Caveira e Exu da Meia-Noite. Todavia, se observa uma deturpação nessa concepção, pois tratam-se de orixás diferentes, embora relacionados à zona de vibração similar (cemitérios ou calunga pequena). Na verdade, o Exu na Umbanda não é visto como um demônio, mas como um guardião, responsável pela execução da lei de causa e efeito,auxiliando na proteção de médiuns e terreiros contra as investidas de espíritos atrasados (quiumbas).

Mais recentemente, há uma tendência crescente a dar-lhe uma função mais elevada e identificá-lo com Yorimá (São Cipriano), orixá de caráter abstrato, desconhecido fora da umbanda, que é considerado líder da sétima linha de espíritos da Umbanda, correspondentes às "Almas", pretos-velhos e africanos.


omulú e obaluaê

Em termos mais estritos, Obaluaê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omolu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Omolu é a que mais se popularizou e acabou sendo confundida não apenas com a forma mais velha do Orixá, mas com sua essência genérica em si. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básica de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha. A figura de Omolu-Obaluaê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou. Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, nos parece uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente pôr ser a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omolu-Obaluaê, o Daomé. Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omolu-Obaluaê é uma criatura da cultura jeje, posteriormente assimilada pelos iorubas. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanas, a figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças. A visão de Omolu-Obaluaê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubas.

PAI OMULÚ

Omulu é o orixá que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne).


É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado Pai Omulu. E no entanto descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro, pois difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que Omulu é o guardião divino dos espíritos caídos.

O orixá Omulu guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais.

Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei Divina, que também não pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne. E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são magneticamente negativos. E Tatá Omulu é um desses guardiões divinos que consagrou a si e à sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida..

Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulu é um dos orixás mais "perigosos" de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições.

Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida.

Em Tatá Omulu descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos caídos. E foi por amor a nós que ele assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos a atentar contra os princípios da vida.

Enquanto a nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores. Mas esta "geração" não se restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de fundo sexual. Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimentos, inventos, doutrinas, religiosidades, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, leis, preceitos, princípios, templos, etc.

Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os princípios sustentados pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o nome de "linha da Geração" ou "sétima linha de Umbanda", então estamos sob a irradiação da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.

Mas, se em nossas "gerações", atentarmos contra os princípios da vida codificados como os únicos responsáveis pela sua multiplicação, então já estaremos sob a irradiação do divino pai Omulu, que nos paralisará e começará a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos, já que sempre que uma ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu, colocando-nos em um de seus sombrios domínios.

Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes. E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos nos curado para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses. Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina.

Tatá Omulu, em seu pólo positivo, é o curador divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente. Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitaria medicação correta.

O orixá Omulu atua em todos os seres humanos, independente de qual,. seja a sua religião. Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de, uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de "Mistério da Morte".

Tatá Omulu, enquanto força cósmica e mistério divino, é a energia que se condensa em torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro. Neste caso ele não se apresenta como o espectro da morte coberto com manto e capuz negro, empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida. Esta descrição é apenas uma forma simbólica ou estilizada de se descrever a força divina que ceifa a vida na carne.

Na verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e fulminante, como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o espírito, que já entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva.

O orixá Omulu atua em todas as religiões e em algumas é nominado de "Anjo da Morte" e em outras de divindade ou "Senhor dos Mortos".

No antigo Egito ele foi muito cultuado e difundido e foi dali que partiram sacerdotes que o divulgaram em muitas culturas de então. Mas com o advento do Cristianismo seu culto foi desestimulado já que a religião cristã recorre aos termos "anjo" e "arcanjo" para designar as divindades. Logo, nada mais lógico do que recorrer ao arquétipo tão temido do "Anjo da Morte", todo coberto de preto e portando o alfanje da morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá ou divindade responsável por este momento tão delicado na vida dos seres.

O culto a Tatá Omulu surgiu entre os negros levados como escravos ao antigo Egito, que o identificaram como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões. Com o tempo, ele foi, a partir desse sincretismo, assumindo sua forma definitiva, até que alcançou o grau de divindade ligada à morte, à medicina e às doenças. Já em outras regiões da África, este mistério foi assumindo outras feições e outros orixás semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram. "Humanizar-se" significa que o orixá ou a divindade assumiu feições humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação.

Tatá Omulu não vibra menos amor por nós do que qualquer um dos outros orixás e está assentado na Coroa Divina, pois é um dos Tronos de Olorum, o Divino Criador.

Atotô, meu pai!

sexta-feira, 26 de março de 2010

QUEM É EXU?

Quem é EXU?


Guardião dos caminhos, soldado dos Pretos-velhos e Caboclos, emissário entre os homens e os Orixás, lutador contra o mau, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado.

Existem entidades que se dizem Exu e que fazem somente o mau em troca de presentes aos seus médiuns ou por grandes e custosas obrigações, serviços. Não se engane, Exu que é Exu, não faz mau, a não ser com quem merece e além disso, quando ajuda a uma pessoa não pede nada em troca, a não ser que a pessoa tome juízo, se comporte bem na vida, acredite em Deus e tenha fé.

São espíritos que já encarnaram na terra. Na sua maioria, tiveram vida difícil como mulheres da vida; boêmios; dançarinas de cabaré, etc, etc...

Estes espíritos optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando nos terreiros de Umbanda. São muito amigos, quando tratados com respeito e carinho, são desconfiados mas gostam de ser presenteados e sempre lembrados. Estes espíritos, assim como os Preto-velhos, e crianças, são servidores dos Orixás. Não se deve confundir os Exus da Umbanda

com Exu da Nação (candomblé), pois são diferentes.

Apesar das imagens de Exus, fazerem referência ao "Diabo" medieval (herança do Sincretismo religioso), eles não devem ser associados a prática do "Mal", pois como são servidores dos Orixás, todos tem funções específicas e seguem as ordens de seus "patrões". Dentre várias, duas das principais funções dos Exus são: A abertura dos caminhos e a proteção de terreiros e médiuns contra espíritos perturbadores durante a gira ou obrigações.

Desta forma estes espíritos não trabalham somente durante a "gira de Exus" dando consultas, onde resolvem problemas de emprego, pessoal, demanda e etc... de seus consulentes. Mas também durante as outras giras (Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Orixás), protegendo o terreiro e os médiuns, para que a caridade possa ser praticada.

Os Exus estão divididos em 3 grandes linhas: Cemitério, Encruzilhada e Estrada.

Exus do Cemitério: É formada por Exus sérios, em sua maioria servidores de Omulú (Rei do Cemitério). Não costumam dar consulta, se apresentam principalmente em grandes obrigações, trabalhos e descarregos.

Ex: Sr. João Caveira; D.Maria Quitéria; D.Rosa Caveira; Sr. 7 Catacumbas; Sr. 7 Facas, etc....

Exus da Encruzilhada: Esta linha é formada por Exus que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exus da estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e também de participar em obrigações e descarregos. Alguns deles se aproximam muito (em suas características) da linha do cemitério, são os que chamamos de "Encruza pesada", enquanto outros se aproximam mais da linha da estrada, "Encruza leve".

Ex: Sr.Tranca Rua; Sr. Veludo; D. 7 Encruzilhadas; Sr. 7 Encruzilhadas; D. Maria Mulambo; D. Maceió; etc...

Exus da Estrada: São os mais "brincalhões". Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas "brincadeiras" devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo. Nesta linha trabalham vários espíritos, desde os Exus da estrada propriamente dita, como também os Cíganos e a malandragem. Também se encaixam nesta linha alguns espíritos, que apesar de já terem atingido um certo grau de evolução, optaram por continuar sua jornada espiritual trabalhando como Exus (Exu Mangueira, Exu do Tempo, etc...).

Ex: D. Maria Padilha; Sr. Zé Pelintra; D. Rosa Vermelha; Sr. Tiriri; D. Cigana/Ciganinha, etc...


O guia EXU.

Existem dois portadores do nome Exu. Um é o Orixá Exu. O outro, são os Guias chamados de Exu (espíritos, muitos, não mais reencarnacionais) que vêm na emanação principal de Exu (O Orixá) que lhes deu suas características, seus gostos, seus hábitos. Porém, esses Exus, também são subordinados a um Orixá regente, que pode ser Omulu, Xangô, Oxossí, ...

Muitas vezes, ele funciona como um espelho, refletindo em seu comportamento os defeitos e qualidades de seu médium. Não estamos falando aqui de mistificação nem animismo e sim de um comportamento em que pela convivência um exterioriza qualidades e defeitos do outro. Apesar de Exu ter opinião própria a manifesta em linguagem simples e direta de forma que todos entendam. É ele a entidade mais próxima a nossa realidade e anseios materiais.

quarta-feira, 24 de março de 2010

oração de xangô

PRECE A XANGÔ
Poderoso Orixá de Umbanda,

Pai, companheiro e guia,

Senhor do equilíbrio e da Justiça,

Auxiliar da Lei do Carma,

Só Vós tendes o direito de acompanhar,
pela eternidade.

Todas as causas, todas as defesas,
acusações e eleições promanadas das
ações desordenadas dos atos puros e benfazejos
que praticamos.

Senhor de todos os maciços e cordilheiras,
símbolo e sede da Vossa atuação planetária
no físico, no astral e no mental.
Soberano Senhor do equilíbrio e da eqüidade,

Velai pela inteireza do nosso caráter.
Ajudai-nos com Vossa prudência.

Defendei-nos das nossas perversões,
ingratidões, antipatias, falsidades,
incontenção da palavra e julgamento indevido,
dos atos dos nossos irmãos em humanidade.

Só Vós sois o grande Julgador

terça-feira, 23 de março de 2010

Exú Tranca Rua Das Almas

O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom

O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
Deu Meia Noite o Galo Já Cantou
Seu Tranca Rua Que é o Dono da Gira
Oi Corre Gira que ogum Mandou


O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
Deu Meia Noite o Galo Já Cantou
Seu Tranca Rua Que é o Dono da Gira
Oi Corre Gira que ogum Mandou

segunda-feira, 22 de março de 2010

ORAÇÃO A MÃE YANSÃ

ORAÇÃO A MAE YANSÃ


O gloriosa mãe guerreira, dona das tempestades, protege eu e minha familia contra os maus espiritos.
para que eles não tenham forças de atrapalhar minha caminhada.
e que não se apossem da minha luz.
ajudai-me para que as pessoas mal intencionadas, não destruam minha paz de espirito.
mãe Iansã, cubra-me com seu manto sagrado, e leve com a força dos seus ventos tudo que não presta para bem longe.
ajudai-me na união da minha familia, para que a inveja não destrua o amor que há em nossos corações.
mãe Iansã. em vós eu creio, espero e confio.
que assim seja e assim será.

algumas palavras

Recomendo as pessoas que antes de procurar um terreiro estude um pouco sobre a religião, e não fiquem encantadas com as pessoas de boa comunicação. Na nossa religião tem que ter conhecimento e muita, muita prática. Por isso fiquem atentos a tudo.

os atabaques e a tradição

Os Atabaques e a Tradição


Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alagbê (nação Ketu), Xicarangoma (nação Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo RUM (o atabaque maior), e pelos ogans nos atabaques menores sob o seu comando, é o Alagbê que começa o toque e é através do seu desempenho no RUM que o Orixá vai executar sua coreografia de caça, de guerra, sempre acompanhando o floreio do Rum. O Rum é que comanda o RUMPI e o LE(pequeno).

Na Umbanda os toques são executados pelos Alagbês, Ogans e Curimbeiros(as), a hierarquia dos Ogans e o nome dos atabaques na Umbanda são os mesmos do Candomblé, já que no começo da Umbanda o atabaque não fazia parte do ritual. Só sendo incorporado ao ritual mais tarde, pela sua força e importância.

Os atabaques são chamados de Ilubatá ou Ilú na nação Ketu, e Ngoma na nação Angola, mas todas as nações adotaram esses nomes Rum, Rumpi e Le para os atabaques, apesar de ser denominação Jeje. Na Umbanda os ataques são chamados de “Engoma”, mais comum, ou Ilú.

Os toques

A Umbanda inicialmente possuía apenas um toque, chamado Umbanda Angola, incorporando mais tarde os ritmos congo de ouro, cabula, ijexá e barra vento do Candomblé de Angola.

Ritmos executados na Umbanda

Umbanda Angola

Congo de Ouro

Cabula

Barra Vento

Ijexá

Ritmos executados no Candomblé de Angola

Arrebate

Congo de Ouro

Cabula

Barra Vento

Alujá

Ijexá

Muzenza

Ritmos executados no Candomblé de Ketu

Hamunha ou Avamunha : Toque que servem para saída e recolhimento de filhos e orixás.

Adarrum ou Adahun : Toque que serve para chamar orixás

Opanijé : Toque para o Orixá Obaluayê

Alujá : Toque para o Orixá Xangô

Ijexá : Toque para o Orixá Oxum

Ilú ou Ylú : Toque para o Orixá Oyá

Agueré : Toque para o Orixá Oxóssi

Igbi : Toque para o Orixá Oxalá

Batá : Toque para o Orixá Oxalá

Bravun : Toque para o Orixá Oxumarê

Sató : Toque para o Orixá Nanã

Barra vento: Toque de Angola e Congo executado algumas vezes para Oyá

A percussão no Candomblé de Ketú é executada com duas varetas, de marmelo ou goiabeira, que tem o
nome de aguidavi, ou por vezes com uma mão e um aguidavi, dependendo do ritmo e do atabaque que está sendo tocado.

Dobrar os couros – é um repique lento sequencial e cadenciado que é feito para homenagear visitas ilustres que estão chegando no terreiro, praticamente é o convite para a pessoa entrar. Durante a festa, quando chegam os convidados ou sacerdotes e ogans de outras casas, interrompesse o toque que está sendo executado para os orixás e dobrasse os couros, após a entrada dos convidados o toque é retomado normalmente. Algumas casas de candomblé não usam dobrar os couros para as visitas, mas a maioria considera isso uma honra. Dobrasse os couros também em outras ocasiões, mas sempre para homenagear. Nas casas de candomblé bantu Angola e Congo são tocados só com as mãos, não se faz uso dos aguidavi.
Cargos, na respectiva hierarquia

Pejigan; Responsável pelos Axés da casa.

Axogum; Responsável pelos sacrifios.

Alagbê (Xicarangoma); Responsável por iniciar os toques e puxar as cantigas. Geralmente é o mais velho tocador. É a ele que os demais Ogans devem obedecer e através do toque do Alagbê no rum que se guia as danças.

Ogan Jibonã; Responsável pela casa de Exú.

Ogan Apontado; Pessoa apontada como possível Ogan.

Ogan Suspenso; É a pessoa escolhida por um Orixá para ser Ogan. O nome suspenso vem do fato de ser coloca em uma cadeira e ser suspenso no ar pelos demais Ogans da casa.

Ogan de toque (Tata Ngoma); Pessoa que toca o Lé ou o Rumpi, sem outro cargo.

Hierarquia no Terreiro (Básico)

Babalorixá/Iyalorixá (Babá = pai, Iya = mãe); Cargo mais elevado no terreiro.

Iyakekerê/Babákekerê; Mãe, Pai pequeno. Segundo em poder no terreiro.

Ekedi; Camareira do Orixá (não entram em transe).

Iyalaxé/Babálaxé; A Mãe, Pai, do Axé, distribui o Axé e cuida dos objetos do ritual.

Ebômi; Ou Egbomi são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação (significado: meu irmão mais velho).

Ojubonã; Mãe criadeira.

Iyabassê; Responsável no preparo dos alimentos sagrados, as comidas-de-santo.

Ològun; Cargo masculino. Despacha os Ebós das obrigações, preferencialmente os filhos de Ogun, depois Odé e Obaluwaiyê.

Oloya; Cargo feminino. Despacha os Ebós das obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya.

Iyatojuomó; Responsável pelas crianças do Axé.

Yawô; filho-de-santo (que já foi iniciado entra em transe com o Orixás).

Abiã ou abian; Novato. É considerada abiã toda pessoa que entra para a religião após ter passado pelo ritual de lavagem de contas e o bori. Poderá ser iniciada ou não, vai depender do Orixá pedir a iniciação.
Saudação aos Orixás

EXU; ÈSÙ Laróyè èsù, Bara o mo Juba! / Salve Exu, Senhor meus respeitos!

EXU; ÈSÙ Èsú yè! / Viva Exu!

ÒGÚN; Ògún yè, pàtàkì orì Òrìsá! / Viva Ogún, Orixá importante da cabeça!

ÒSÓÒSI; Yè Ode, òkè aro Bunbukè! / Salve o Caçador, aquele de alta graduação honorífica!

ÒSÓNYÌN; Ewé ó! Ewé asa! Oh! / As folhas! A folha é a tradição!

LÒGÚN ODE; Lògún ó akofà!Lóòsì, Lóòsì Lògún / É Lògún, peguemos o arco e a flecha! A esquerda Loògún!

OMOLÚ/OBALÚÀIYÉ; Atótóo! Omolú Olúké, jí beérù sáoadà! / Silêncio! O filho do Senhor é o Senhor que grita, nós acordamos com medo e corremos de volta!

ÒSUMÀRÈ; Àróbò bò yi! / Vamos cultuar o intermediário que é elástico!

SÒNGÓ; Ká wòóo, ká biyè sílè! / Podemos olhar vossa majestade!
EWÁ; Ewà n’lá / Grande Beleza!

OBÁ; Awa Kì Íro Obá Iye / Nós cumprimentamos o som da Rainha Mãe

OYÁ; Eèpàreyè! Odò ìyá! / Saudações! Ó mãe do rio!

ÒSUN; Rora Yèyé ó, fí dé omon! / Mãe cuidadosa (rainha e mãe), aquela que usa coroa e olha seus filhos!

YEMONJÁ; Olodò Ìyá! / Saudamos ó Mãe das águas

ERÈ; Orí bè jí, Orí bè já! / Cabeça pede para acordar, cabeça pede para descobrir!

ÒSÀLÁ; Eèpàà Bàbá, Òrìnsànlá, Òrisá òkè! / Respeitos ao Pai, o grande Orixá, o Orixá mais alto!

Saudação as entidades

Preto Velho;
Adorei as Almas!
Caboclo; Okê, Caboclo!
“Salve o Grande Caboclo”
Boiadeiro; Xetro marrumbaxetro! Xetruá!
Significado desconhecida. Figuração onomatopéica.
Exú; Laroyê exú! ou ainda, Exú é mojubá!
“Saudação amiga à Exú” ; móju (viver à noite) bá (armar emboscada) - “Exú gosta de viver a noite, sempre capaz de armar emboscadas”.
Crianças; Oni, beijada!
“Ele é dois!” , saudação igual a dos orixás Ibeji.
Ciganos; Arriba!
Malandros; Salve a Malandragem ! ou ainda, Acosta! Malandro!

domingo, 21 de março de 2010

ORAÇÃO A OXUM

ORAÇÃO A OXUM



Ora ie ieu Oxum,
Salve dourada senhora
Da pele de ouro!

Benditas são suas águas,
e essas mesmas águas lavam meu ser
e me livram do mal.


Oxum, Divina Rainha, bela Orixá,
venha a mim,
caminhando na Lua Cheia.


Traga, mãe, em suas mãos,
os lírios do amor e da paz.


Torna-me doce, sedutora,
suave, como és.


Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.

Faça que o amor seja
constante em minha vida
Que eu possa amar a
tudo o que existe.

Me proteja contra as
mandingas e feitiçarias.

Daí a mim o néctar de sua doçura
e que eu consiga o que desejo


Mãe do ouro, da beleza e do amor,
Senhora do mais puro Axé,
valei-me hoje e sempre.

Aie ieu Oxum!

quinta-feira, 18 de março de 2010

pomba gira cigana da estrada

ciganas

NOMES SEM IDENTIFICAÇÃO DE FALANGES OU LOCAL DE DE ATUAÇÃO VIBRATÓRIA:



Cigana Carmem

Cigana Nadja

Cigana Carmencita

Cigana Alma

Cigana Liliana

Cigana Maiara

Cigana Esmeralda

Cigana Sete Saias

Cigana Penélope

Cigana Yasmin

Cigana Madalena

Cigana Luzia

Cigana Quitéria

Cigana Maria Dollores

Cigana Leonor

Cigana Leonora

Cigana Elmira

Cigana Malu

Cigana Nádia

Cigana Tereza

Cigana Cristal

Cigana Ágatha

Cigana Ana Rosa

Cigana Noêmia

Cigana Rosita

Cigana Achla

Cigana Lia

Cigana Sara

Cigana Isaura

Cigana Rosalina

Cigana Laís

Cigana Pietra

Cigana Maria Rosa

Cigana Natália

Cigana Quirina

Cigana Rúbia

Cigana Abigail

Cigana Lana

Cigana Amália

Cigana Brigite

Cigana Elvira

Cigana Iolanda

Cigana Aminah

Cigana Sarita

Cigana Mahila

Cigana Juanita

Cigana Rosa

Cigana Angelita

Cigana Maria Quitéria

Cigana Esther

Cigana Dália

Cigana Áurea

Cigana Ludmila

Cigana Pâmela

Cigana Luana

Cigana Estela

Cigana Henriqueta

Cigana Safira

Cigana Nayla

Cigana Mira

Cigana Maira

Cigana Irene

Cigana Sulamita

Cigana Núbia

Cigana Rebeca

Cigana Salete

Cigana Luna

Cigana Inês

Cigana Sabina

Cigana Nanzira

Cigana Ingrid

Cigana Stefania

Cigana Soraya

Cigana Pilar

Cigana Ângela

Cigana Pérola

Cigana Paloma

Cigana Ramira

Cigana Salomé

Cigana Judith

Cigana Sofia

Cigana Melissa

Cigana Lôla

Cigana Zoraide

Cigana Perla

Cigana Dahra

Cigana Sasha

Cigana Maria Dollores

Cigana Maria dos Remédios

Cigana Ruth

Cigana Lara

Cigana Samanta

Cigana Miranda

Cigana Lumara

Cigana Rosita

Cigana Zélia

Cigana Helenita

Cigana Luara

Cigana Talitha

Cigana Grazyna

Cigana Alaíde

Cigana Lúcia

Cigana Yeda

Cigana Zelda

Cigana Ximena

Cigana Paola

Cigana Isolda

Cigana Zoraia

Cigana Dejanira

Cigana Marisol

Cigana Filomena

Cigana Blenda

Cigana Cassandra

Cigana Mírian

Cigana Rita

Cigana Eulália

Cigana Hortência

Cigana Katyusha

Cigana Léa

Cigana Consuelo

Cigana Yelena

Cigana Olenka

Cigana Adelaide

Cigana Veruska

Cigana Edith

Cigana Yara

Cigana Raísa

Cigana Zora

Cigana Catarina

Cigana Gilda

Cigana Zaira

Cigana Alba

Cigana Lourdes

Cigana Efigênia

Cigana Dalva

Cigana Alzira

Cigana Constanza

Cigana Zaíra

Cigana Pepita

Cigana Valquíria

Cigana Katja

Cigana Ramona

Cigana Isolda

Cigana Flora

Cigana Laurita

Cigana Zulmira

Cigana Linda

Cigana Guadalupe

Cigana Manoella

Cigana Dollores

Cigana Maria Helena

Cigana Danúsia

Cigana Siomara

Cigana Ynês - Inês

Cigana DorotéiA

Cigana Evita

Cigana Layla

Cigana Marina

Cigana Camélia

Cigana Laís

Cigana Encarnacion

Cigana Valquíria

Cigana Esperanza

Cigana Iris

Cigana Rosa Maria

Cigana Raquel

Cigana Sulenka

Cigana Natasha

Cigana Sâmylla

Cigana Isadora

Cigana Kátya

Cigana Samara

Cigana Yanka - Ianka

SEM NOMES, APENAS IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ATUAÇÃO


Cigana da Estrada
 Cigana das Almas
Cigana da Praia
Cigana das Matas
 Cigana dos Caminhos
Cigana das Encruzilhadas
Cigana do Cruzeiro
Cigana da Pedreira
 Cigana do Lago
Cigana da Calunga
 Cigana Luz
Cigana da Lua
 Cigana do Oriente
 Cigana das Rosas
 Cigana Encantada

DIFERENÇA ENTRE CIGANAS E POMBAS GIRAS CIGANAS

A linha dos ciganos é uma linha independente que não trabalha apenas na Umbanda.

Tem uma vibração muito próxima à Linha do Oriente, podendo trabalhar como

uma Falange dessa linha. ou como uma Linha independente, com suas próprias

falanges, dependendo da raiz (origem) dos espíritos.

As entidades ciganas costumam ter muitas experiências encarnatórias como

ciganas, com tradição e conhecimento de seu povo. Enquanto que as pombas
Giras Ciganas podem ter sido ciganas, que optaram pelo trabalho de pombas

Giras ou Pombas Giras que tiveram acesso ao conhecimento e à magia própria

dos ciganos sem contudo terem ligação de raiz com o povo cigano.

Suas manifestações, seja através da vibração ou da incorporação propriamente

dita, são de muita alegria e alto astral, deixando em seus médiuns uma sensação
reconfortante.

Em suas consultas, usam elementos dos povos ciganos, como: frutas, incensos,

flores do campo, rosas coloridas, velas coloridas, ervas, especiarias, cristais
baralhos ciganos, runas, moedas etc.

Suas roupas podem ser de diversas cores e costumam ser bastante enfeitadas.

As Pombas Giras Ciganas são entidades que realizam um trabalho mais denso,

e por isso mesmo, teem a vibração mais forte que as Ciganas.

Efetivamente são Pombas Giras, com algumas características Ciganas, trabalham

mais a magia, os oráculos, as revelações, os encantamentos de amor etc.

Essas entidades são especialistas nas artes do amor, exemplo disso é a famosa
Pomba Gira Cigana Das Sete Saias.

Existem evidentes diferenças nas incorporações, comportamento, elementos

de trabalho, tipo de consulta e aconselhamento, roupas, danças ente outros,

entre as Ciganas e as Pombas Giras Ciganas. Entre as diferenças das duas

entidades, destaca-se a sensualidade: as Pombas Giras Ciganas apresentam-se

em geral mais sensuais que as Ciganas e as Pombas Giras Guardiãs.

Raramente uma entidade Cigana mostra-se densa, autoritária ou de mal humor.

Os ciganos também costumam se apresentar bem mais alegres, calorosos

amorosos e sedutores que os Exús, mas isso em nada diminui seu fascínio

poder de fogo, são conhecedores da alta magia e principalmente da alma
humana, e seus trabalhos são muito eficientes.

pontos pomba gira ciganas

Vinha caminhando a pé,

para ver se encontrava a minha cigana de fé.
Vinha caminhando a pé,
para ver se encontrava a minha cigana de fé.
Parou e leu minha mão. (Exu)
Me disse a pura verdade,
E eu só queria saber,
aonde mora Pomba Gira Cigana,
só queria saber,
aonde mora Pomba Gira Cigana.
Vinha caminhando a pé,
para ver se encontrava a minha cigana de fé.
Vinha caminhando a pé,
para ver se encontrava a minha cigana de fé.
Parou e leu minha mão. (Laroyê Exu)
Me disse a pura verdade,
E eu só queria saber,
aonde mora Pomba Gira Cigana,
só queria saber,
aonde mora Pomba Gira Cigana.

quarta-feira, 17 de março de 2010

ZÉ CARREIRO

carreiro carreiro
aonde você está{2}
ouvi o cantar
do seu carro
mais ñ vi o boi passar{2}

Zé Pilintra

Zé Pilintra

Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco. Filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida. Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou, pouco, pois não tinha paciência para isso. Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares. Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa. Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época. Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas " meninas", que apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos. Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia. E que defesa! Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho. Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência. Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o isque mais requintado. E em diversas ocasiões suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas. Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo. Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério. Era a visão mais linda que tivera em sua existência. A bela loura de olhos claros, deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente. Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chama-la. Parou de beber, em demasia, claro! Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém. Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é? Julgava-se então o homem perfeito para a bela Amparo. Começou então a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar. Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor. Aos poucos a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento. Outros duvidavam Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem. O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida. Disposto a defender a honra da esposa marcou um encontro com o rival. Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos: - É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo... - E mostrava seu punhal para quem quisesse ver. Na noite marcada vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa. Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente. Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal. Se fosse briga o que ele queria, ia ter. Ao esvaziar o copo ouviu um grito atrás de si: - Safado! - Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado. O tiro foi certeiro. O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo. Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pilintra. Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada. Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pilintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura. Não perdeu, porém a picardia dos tempos de José Emerenciano. Sarava Seu Zé Pilintra!

Zé Pilintra

Zé Pilintra



Seu Zé Pilintra quando vem
Ele traz sua magia
Para saudar todos seus filhos
E retirar feitiçaria
Pisa na Aruanda Zé Pilintra eu quero ver
Pisa na Aruanda Zé Pilintra eu quero ver
Seu Zé Pilintra quando vem
Ele traz sua magia
Para saudar todos seus filhos
E retirar feitiçaria
Pisa na Aruanda Zé Pilintra eu quero ver
Pisa na Aruanda Zé Pilintra eu quero ver
 Chamada Zé Pilintra __________________________________


Dim dim dim dim dim dim
Risca ponto
Dim dim dim dim dim dim
Firma ponto
Dim dim dim dim dim dim
Pulando cruzado no meio do terreiro chegou
Povo da Bahia, do Congo e da Lei de Nagô
Chegou Zé Pilintra que veio do lado de lá
Fumando e bebendo
E gritando: vamos saravá
Saravá ô ô Saravá
Dim dim dim dim dim dim
Risca ponto
Dim dim dim dim dim dim
Firma ponto
Dim dim dim dim dim dim
Eu tirei um ponto para saravá Lucifer
Maria Padilha é rainha do Candomblé
Candomblé ô ô Candomblé
Risca o Ponto
__________________________________
Ô meu limão
Ô meu limoeiro
Ô meu limão
Ô meu limoá
Eu sou Zé Pilintra , Zé Pilintra eu sou
Joguei meu punhal no ponto
Para meu ponto afirmar
Chamei meus camaradas
Para vir me ajudar
Joguei meu punhal no ponto
Para meu ponto afirmar
Chamei meus camaradas
Pra demanda vir quebrar
Ô meu limão, ô meu limoeiro
__________________________________


Zé Pilintra, Zé Pilintra
Boêmio da madrugada
Vem na linha das Almas
E também da Encruzilhada
Mas o amigo Zé Pilintra
Que nasceu lá no sertão
Enfretou a boêmia
Com seresta e violão
Hoje na lei de Umbanda
Acredito no senhor
Pois sou seu filho de fé
Pois tem fama de doutor
Com magia e mironga
Dando forças ao terreiro
Saravá seu Zé Pilintra
O amigo verdadeiro
 Amigo Zé Pilintra
__________________________________


E quem quiser me ver ô zé
Vai em cima do barranco ô zé
O Baiano e o Zé Pilintra tão no meio da encruzilhada
Toma conta e presta conta
No romper da madrugada
E quem quiser me ver ô zé
Vai em cima do barranco ô zé
O Baiano e o Zé Pilintra são dois fiéis companheiros
Zé Pilintra na entrada
E os Baianos no terreiro
Baiano e Zé Pilintra
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Boa noite pra quem é de boa noite
Bom dia pra quem é de bom dia
A benção, meu papai a benção
Seu Zé Pilintra é o rei da boêmia
Boa Noite Pra quem é de Boa Noite
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Na cidade das Torrinhas
Sete portas se fecharam
Com a fumaça ao contrário
Que Zé Pilintra soltou
Eu soltei periquito
Eu soltei sabiá
Eu virei macumbeiro de pernas pro ar
Quem foi que viu Zé Pilintra folgando nesse salão?
Com um copo de cachaça
E um charuto aceso na mão
A cachaça só é boa
Feita da cana torta
Vocês bebem pelo vício
E Zé Pilintra porque gosta
Quem foi que viu Zé Pilintra vagando por esse mundo?
Na boca de quem não presta
Zé Pilintra é vagabundo
Quando eu nasci foi chorando
Sem ter leite pra mamar
Mamei leite de sete vacas
Na porteira do curral
Eu soltei periquito
Eu soltei sabiá
Eu virei macumbeiro de pernas pro ar
Quem está batendo na porta ?
Quem nesta porta bateu ?
É Jesus sacramentado
E Zé Pilintra sou eu
Eu soltei periquito
Eu soltei sabiá
Eu virei macumbeiro de pernas pro ar
Cidade das Torrinhas -
__________________________________


Seu Zé Pilintra onde é que o senhor mora ?
Seu Zé Pilintra onde é sua morada ?
Eu não posso te dizer
Porque você não vai me compreender
Eu nasci no Juremá
Minha morada é bem pertinho de Oxalá
Morada de Zé Pilintra -
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Mulher, mulher não tenha medo do seu marido
Se ele é bom na faca
Eu sou no facão
Se ele é bom na reza
Eu na oração
Se ele diz que sim
Eu digo que não
Eu sou Zé Pilintra
E ele é Lampião
Zé Pilintra e Lampião
__________________________________


Seu Zé Pilintra é quem chegou agora
Seu Zé Pilintra vem pra trabalhar
Seu Zé Pilintra mestre de Aruanda
Afirma seu ponto neste congá
Mas ele veio foi de Alagoas
Mas ele veio pra me ajudar
Seu Zé Pilintra mestre de Aruanda
Afirma seu ponto neste congá
Seu Zé Pilintra é Quem Chegou
__________________________________


Tava dormindo na beira do mar
Quando as almas me chamaram
Pra trabalhar
Acorda Zé Pilintra vai guerrear
O inimigo está invadindo
A porteira do seu lado
Bota fora as suas armas
Vai guerrear
Bota o inimigo pra fora
Para nunca mais voltar
Tava dormindo na beira do mar
__________________________________


Ô Zé quando vem lá da lagoa
Toma cuidado com o balanço da canoa
Ô Zé faça tudo que quiser
Mas não maltrate o coração dessa mulher
Toma Cuidado com o Balanço da Canoa
__________________________________
Agora pro seu morro vai subir
Meu Deus ele já vai embora
Conversa de malandro não tem fim
Boa noite meu senhor
Boa noite minha senhora
Subida - Zé Pilintra -